O dia 1º de dezembro, é o Dia mundial de luta contra a AIDS e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) revelou os números no Piauí.
Em 2019, até hoje, foram 752 novos casos registrados no estado. Nos últimos dez anos, houve o crescente aumento de pessoas infectadas pela doença no Piauí, principalmente entre os homens. A Sesapi realiza o monitoramento por municípios para ampliar a descentralização dos serviços. Na listagem, dos doze municípios que mais tiveram registros entre os anos de 2008 e 2018, estão os da região Norte: Piripiri, Campo Maior, Miguel Alves, José de Freitas e Luzilândia. Veja!
1. Teresina: 3487 casos
2. Parnaíba: 162 casos
3. Piripiri: 142 casos
4. Floriano: 129 casos
5. Picos: 110 casos
6. Altos: 94 casos
7. Campo Maior: 93 casos
8. Oeiras: 87 casos
9. Luzilândia: 59 casos
10. Guardalupe: 46 casos
11. Miguel Alves: 37 casos
12. José de Freitas: 35 casos
De 2008 a 2018, os registrados saíram de 264 para 865 novos casos registrados. Em dez anos, o Piauí contabilizou 5.587 casos; lembrando que esse quantitativo é subnotificado, ou seja, mais pessoas podem estar com a doença, mas sem registro na Secretaria Estadual de Saúde . O primeiro caso de AIDS registrado no Piauí ocorreu em 1980, quando ocorreu uma epidemia no país.
A coordenadora de doenças transmissíveis da Sesapi, enfermeira Karina Amorim, comentou que em “uma década aumentou 50% dos casos no Piauí. isso aconteceu, principalmente, pelo não uso do preservativo e pela falta do autocuidado”, comentou a coordenadora.
Karina Amorim ressalta que o aumento do número de casos também ocorreu porque houve a ampliação do diagnóstico e a descentralização do teste rápido. Com isso, as pessoas infectadas puderam descobriram a doença com maior rapidez.
“Os homens representam mais de 50% porque, em geral, negligenciam mais a própria saúde e são os que menos buscam por serviços médicos. Apesar dessa concentração das doenças nos homens, é importante citar que a infecção nas mulheres vem crescendo. Elas precisam continuar com o empoderamento feminino e se recusar a transar sem proteção, pois muitos homens alegam perda da sensibilidade no órgão, o que não é verdade segundo pesquisas”, explica Karina.
Educação Sexual
Karina Amorim defende a ampliação do acesso dos jovens à Educação Sexual para que eles tenham o conhecimento necessário para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, além de “quebrar alguns tabus e mitos”, como o preservativo tirar a sensibilidade do órgão genital, por exemplo. A Educação Sexual precisa ser trabalhada nas escolas e nas famílias.
“Hoje nós temos uma cultura diferenciada, diferente da década de 1980 no início da epidemia; os jovens agora são mais sexualmente ativos”, diz.
Fonte: Sesapi