PF/PI trará equipe de fora para investigar morte de Fernanda Lages
Após reunião a portas fechadas entre os procuradores da República e os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha explicaram como será o procedimento de transferência do Caso Fernanda Lages para a Polícia Federal. Segundo o promotor Ubiraci Rocha, equipe de especialistas de outros estados virá para investigar a morte da estudante.
O procedimento legal diz que os promotores devem pedir a transferência do inquérito ao juiz do caso.
“É importante deixar claro que é necessário pedido dos promotores ao juiz da causa que haja o deslocamento de atribuição para a Polícia Federal, com base no relatório que não foi conclusivo e no interesse da Secretaria de Segurança que precisa da contribuição da PF”, explicou Marco Túlio.
Ele afirmou também que o superintendente da Polícia Federal já mostrou empenho e o caso continuará sendo acompanhado pelos promotores Eliardo e Ubiraci.
“Começa tendo por base as investigações da civil, mas diante dos meios lícitos muito há que se fazer. Possíveis testemunhas e suspeitos poderão ser ouvidos, diligências que não foram feitas deverão ser feitas. Em se concretizando essa participação da PF, o MPE como condutor das investigações irão continuar participando ativamente da investigação do caso, pedindo depoimentos de todos aqueles que achem que devem”, afirmou.
Marco Túlio disse ainda que a Polícia Civil mostrou, em seu relatório, que não continuaria investigando o caso, mas que o MPF não poderia permitir que o caso fosse esquecido. “O que cabe ao MPF avaliar é que essa devolução se deu de forma definitiva. O relatório é peça final. Quando se apresenta um relatório e ao mesmo tempo não se solicita aos membros do MPE e nem se indica possíveis diligências que ainda possa ocorrer só leva a crer que não há resultado e não há intenção. É óbvio que essa investigação tem que terminar. Nós, nem a sociedade piauiese, de forma alguma, iremos admitir que essa investigação possa parar”, disse.
Como a PF do Piauí não tem costume de investigar homicídios, o superintendente já manifestou que pedirá a vinda de uma equipe, formada por policiais e delegado, especializada neste tipo de crime.
“Tem procedimentos internos da PF para trazer o delegado especializado e todo pessoal de apoio também virá de fora. Tem essa burocracia interna. Essa linha de procedimentos, o ponto fundamental é que nós possamos trabalhar em cima da busca da verdade e com respeito mútuo às instituições e isso pode resultar em um trabalho valioso”, avaliou Ubiraci Rocha.
O promotor declarou ainda que não comentará mais sobre o trabalho da polícia civil.
Fonte: Cidade Verde
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