A bancada do Piauí em Brasília, formada por 13 parlamentares (10 deputados e 3 senadores), possui em seus quadros quatro petistas: os deputados Assis Carvalho, Jesus Rodrigues, Nazareno Fonteles e o senador Wellington Dias.
O grupo também tem o privilégio de dizer aos sete ventos que é, na história, uma das poucas vezes em que todos os membros votam com o governo. Porém, mesmo diante de todo esse quadro “favorável”, eles não vêm obtendo um desempenho a altura do que se espera de uma bancada eficiente.
Mãos ao alto: para Assis a imprensa assalta a boa imagem da bancada federal do Piauí
Na reunião da bancada do Piauí, ocorrida na manha de terça-feira (22), dois petistas se revezaram para apontar culpados pela ineficiência naquilo que é o mínimo que a bancada federal de um estado tem que fazer: empenhar e liberar emendas para atender às expectativas do Estado de origem.
Assis Carvalho culpou a imprensa do Piauí, dizendo que existiam chantagistas, “cinco, ou seis”, que ela era míope, e que a imprensa “não representaria a opinião publica”. “Eu converso com as pessoas e vejo o sentimento delas”, disse, rebatendo críticas de jornalistas sobre a sua atuação.
É ele
Já Jesus Rodrigues não poupou críticas ao governador Wilson Martins (PSB). Segundo o petista, a bancada está sem liderança, como nunca esteve, e que não há força frente ao Palácio do Planalto.
“Estamos sem liderança. O Governador não tem tido essa liderança. Assim teremos a mesma atuação tímida”, cravou.
Com mandato, os atuais parlamentares petistas que integram a bancada do Piauí em Brasília – Assis Carvalho, Jesus Rodrigues, Nazareno Fonteles e Wellington Dias – têm o privilégio de ser do mesmo partido da presidente da República, Dilma Rousseff. No entanto, não demonstram ter intimidade com o alto escalão do Poder Executivo.
O mais próximo da Presidente é o Senador Wellington Dias. Mas essa relação do ex-Governador com chefes do Palácio do Planalto até agora não tem surtido muitos resultados.
Enrolando o Estado
Na mesma reunião da bancada ocorrida ontem, Marcelo Castro revelou aos demais membros que o então Governador Wellington Dias e o então Presidente Lula tinham um acordo, que era do Planalto liberar todo ano, no mínimo, R$ 200 milhões para o Piauí em emendas de bancada.
“Isso nunca aconteceu, tinha ano que era R$ 100 milhões, outro um pouquinho mais, porém, nunca chegou aos R$ 200 milhões, mas ficar como está agora não ficou”, resumiu o sentimento reinante.
Marcelo Castro, durante todo esse ano, foi o coordenador da bancada do Piauí, sendo sucedido em novembro pelo senador João Vicente Claudino.
Fonte: Portal AZ
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