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Novo plano deve quadruplicar a quantidade de cidades digitais no Brasil

Rogério Santana O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, futuro presidente da Telebrás, disse, em entrevista exclusiva ao G1, que o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado na última quarta-feira (5) pelo governo, deve quadruplicar a quantidade de cidades digitais no país.A expectativa é que pelo menos 500 novas cidades digitais sejam criadas até 2014 e que as já existentes “sejam potencializadas”. Atualmente, o país tem 122 cidades digitais. Se a expectativa for confirmada, 9% dos 5.564 municípios do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), serão digitais.

Um exemplo bem-sucedido é a cidade de Piraí, no Rio de Janeiro, que teve melhora de seus índices socioeconômicos desde que passou a fornecer acesso gratuito aos moradores e a integrar os serviços públicos municipais por uma rede sem fio.

“Posso dizer que triplica ou quadriplica. Esse estudo não foi feito, mas, pela tendência natural, é de se esperar que se possa colocar pelo menos 160 cidades novas por ano. Hoje temos 122, e esperamos ter mais umas 500 cidades até 2014 tranquilamente, num número conservador”, afirmou Santanna.

“Com o plano vai ter tantas cidades [interessadas] que a gente não vai nem ter dinheiro para financiar. E também as próprias cidades vão tomar essa iniciativa, delas mesmas construírem cidades digitais, porque vão comprar banda mais barata”, disse Santanna.

Segundo o secretário, as cidades digitais são um projeto lucrativo. “As prefeituras, mesmo sem subsídio do governo, têm interesse em construir cidades digitais. A prefeitura, se quiser, pega o dinheiro emprestado do BNDES, moderniza a cidade, arrecada mais impostos e retorna o dinheiro para o caixa. Só com a economia administrativa com telefone na prefeitura paga [o custo da construção da cidade digital]”, disse.

O custo de uma cidade digital depende de vários fatores: tamanho da cidade, tipo de equipamento utilizado, topografia do município, número de habitantes. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) tem uma linha de crédito que financia cidades digitais. O valor, no entanto, é limitado a R$ 60 milhões.

A taxa de juros do programa de financiamento do BNDES é de 6% ao ano, mais 1% de taxa de risco e 0,9% de remuneração básica do banco. O prazo de financiamento é de oito anos e cobre até 100% em equipamentos nacionais. Até 35% dos recursos podem ser utilizados para tecnologia da informação.

Segundo a assessoria do BNDES, de 1998 a março deste ano foram aprovados R$ 872 milhões pelo programa. A expectativa é que com a implementação do plano de banda larga os recursos disponíveis para esse tipo de financiamento aumentem, afirmou Santanna.

De acordo com o futuro presidente da estatal, a redução dos preços vai estimular os governos locais a investir em telecentros (espaços públicos em que a pessoa tem acesso à internet gratuitamente).

“Com o plano vai ter cidades [interessadas] que a gente não vai ter nem dinheiro para financiar. E também as próprias cidades vão tomar essa iniciativa, delas mesmo construírem cidades digitais, porque vão comprar banda mais barata”, disse Santanna.

Segundo o secretário, as cidades digitais são um projeto lucrativo. “As prefeituras, mesmo sem subsídio do governo, têm interesse em construir cidades digitais. A prefeitura, se quiser, pega o dinheiro emprestado do BNDES, moderniza a cidade, arrecada mais impostos, e retorna o dinheiro para o caixa. Só com a economia administrativa com telefone na prefeitura paga [o custo da construção da cidade digital]”, disse.

O futuro presidente da Telebrás disse ainda que as perspectivas de quadruplicar a quantidade de cidades digitais e triplicar o acesso em geral da banda larga no Brasil podem ter um impacto de 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2014.

“Estudos internacionais mostram que cada 10% de avanço na penetração da banda larga impacta em 1,4% o PIB. Considerando o crescimento do PIB de 1,4% a cada dez pontos percentuais de crescimento da banda larga, dá para se dizer que esse impacto é maior que 2,5%. Isso fazendo uma análise conservadora”, afirmou Santanna.

O plano do governo prevê levar internet de banda larga para 40 milhões de domicílios até 2014. Atualmente, segundo o governo, são atendidos apenas 11,9 milhões de domicílios.

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