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Mega operação prende 28 por fraude no TJ envolvendo candidatos e golpistas

534ef1fccc7d0b038b5d80a59805d07bPoliciais civis prenderam, até o momento, 28 pessoas suspeitas de participação na fraude do concurso do Tribunal de Justiça do Piauí-TJPI, durante operação Véritas, deflagradas nesta quinta(10). Outras 23 foram conduzidas coercitivamente para prestarem depoimentos na Academia de Polícia Civil (Acadepol). Dentre os presos há dois advogados, um policial civil e um agente penitenciário que são suspeitos de comprarem os gabaritos das provas.

Dos 28 presos são 17 candidatos e dez suspeitos de organizar o esquema criminoso e a apreensão de um adolescente de 17 anos, encaminhado para a Delegacia de Proteção da Criança e Adolescente (DPCA).

A polícia ainda não divulgou por quanto os candidatos estariam comprando o gabarito. O presidente do inquérito, delegado Kleydson Ferreira, revelou que os mentores do grupo criminoso foram identificados como: Carlos Santiago e Cristian Santiago. O Carlos ainda não foi preso pela polícia.715d75291786d63400f1cd5833f792b0

O coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), delegado Carlos César Camelo, disse que entre os presos estão candidatos que receberam o gabarito por mensagens de texto no celular e os líderes da quadrilha que fraudava concursos públicos no Piauí e Maranhão.

“As investigações começaram ainda no dia concurso com a prisão de cinco candidatos que receberam o gabarito nos celulares. Fizemos uma verdadeira devassa nos aparelhos e descobrimos que havia até um grupo na rede social Telegram denominado Concurso Tribunal de Justiça que contavam claramente como a fraude seria feita. A partir dai conseguimos chegar a todos os números de celulares dos candidatos que teriam comprado os gabaritos”, explica o delegado Carlos César Camelo.

Ele afirmou que duas mulheres que foram levadas para Acadepol nesta manhã confirmam as informações que a polícia conseguiu nas investigações.

“Os depoimentos corroboram com as provas que conseguimos. A margem de erro é quase zero porque as mensagens só chegaram para os números de telefone que contrataram a quadrilha”, afirma o delegado.

Carlos César informou que a quadrilha se dividia em fazer as provas para repassarem os gabaritos e a outra parte fazia era encarregada de distribuir para os candidatos clientes, esses resultados.

“Uma parte ofertava o serviço aos candidatos, outra fazia a prova e a outra encaminhava os gabaritos para os compradores. O agente de trânsito transmitia os gabaritos”, declarou, dizendo que os suspeitos das fraudes são estudantes universitários, pessoas formadas e servidores públicos.

Mandados coercitivos

As 23 pessoas que foram encaminhadas pelos mandados coercitivos serão ouvidas e liberadas. Segundo o delegado, os indícios encontrados não eram suficientes para pedir a prisão preventiva, mas que ainda pode ser solicitada a prisão.

“As pessoas que foram conduzidas coercitivamente não é porque temos indícios contra elas, mas que eles não são volumosos a ponto de pedir a prisão. Isso não quer dizer que não serão indiciadas”, afirmou.

Ele disse ainda que a investigação não acaba com essas prisões, já que outros números de celulares foram encontrados e que teriam tido alguma ligação com a quadrilha.

As prisões preventivas são de cinco dias, prorrogadas por mais cinco. “Se alguém colaborar com as investigações podem ser liberadas antes dos cinco dias”, ressalta Carlos César Camelo.

Nulidade do concurso

O delegado Carlos César disse que a decisão de anular o concurso será do Tribunal de Justiça.

“Tivemos o apoio total do Tribunal e da Fundação Getúlio Vargas no que foi possível. Vamos encaminhar todas as informações minunciosamente para o Tribunal e é uma decisão quase que soberana do TJ”, afirmou o coordenador da Greco.

Ele disse que ainda há materiais para serem periciados como computadores, celulares e documentos. Os suspeitos serão indiciados por crime de fraude de concurso público e associação criminosa.

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