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Médicos deixam de atender nesta quarta em todas as unidades de saúde

Greve dos MédicosCom o tema “Vergonha”, a campanha salarial desencadeada pelo Sindicato dos Médicos do Piauí começa a ser vista em cartazes espalhados pelos hospitais de Teresina. Nesta quarta-feira, os médicos deixarão de atender em todas as unidades de saúde, seja da Prefeitura ou do Estado, incluindo os serviços de urgência, que funcionarão com apenas 1/3 da sua capacidade.

A categoria exige aumento salarial escalonado de 30%, a partir de janeiro, o que elevaria o valor do piso salarial do médico da Prefeitura, que atualmente corresponde a R$ 1.294,43. Aqueles que possuem vínculo com a Secretaria Estadual de Saúde recebem piso de R$ 1.010. De acordo com a vice-presidente do SIMEPI, Lúcia Santos, esse valor é ínfimo, comparado à responsabilidade atribuída ao médico.

Piso deveria ser de R$ 8.200

Com base em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, a FENAM – Federação Nacional dos Médicos propõe que o piso salarial da categoria seja fixado em R$ 8.200,00 para 20 horas semanais. “Sabemos que esse valor está longe da realidade do Piauí, mas vamos continuar lutando pela valorização do profissional”, pontuou o tesoureiro do sindicato, Fábio Furtado.

“A Medicina exige extrema dedicação, a começar pelo fato de que o vestibular é o mais concorrido e o curso, além de ser extenso, tem a hora/aula mais cara. É considerada uma das profissões mais desgastantes, que exige atenção integral. No Piauí, os médicos são reconhecidos pela excelente qualificação. Prova disso é a grande demanda de pessoas de outros estados que procuram tratamento em Teresina. Apesar de tudo, o profissional piauiense é um dos mais mal remunerados”, lamenta o presidente ASPIMED, Felipe Pádua.

Parada é só de advertência

A paralisação de 24 horas é apenas uma advertência. A categoria médica ameaça deixar as unidades sem atendimento nesse final de ano, caso a Prefeitura de Teresina e o Governo do Estado não abram um canal de negociação.

Fonte: Portal Az

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