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Mãe vive com filha na cela há 2 anos na penitenciária feminina do Piauí

cnj-mae-bebeO mutirão prisional promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Piauí descobriu uma mãe que vive há dois anos com seu bebê dentro da cela da penitenciária feminina de Teresina. O caso foi verificado em inspeção realizada na última sexta-feira (17).

A detenta foi presa por tráfico de drogas quando estava grávida. Até hoje seu caso não foi julgado pela lentidão da tramitação do processo. De acordo com o CNJ, o bebê dorme na cela por falta de uma unidade materno-infantil na unidade prisional.

A menina de dois anos apresenta manchas por todo o corpo. A doença seria de difícil diagnóstico. “A mãe desconfia que seja o estresse da prisão”, relata o juiz Marcelo Menezes Loureiro, coordenador do Mutirão Carcerário do CNJ no Piauí.

Apesar desse caso, a avaliação do presídio por parte do CNJ foi positiva, no âmbito geral. Outra exceção foi o número de presas provisórias dividindo o mesmo espaço com condenadas. Por outro lado, além de não ser superlotada, a estrutura da penitenciária foi considerada adequada.

Iniciado em 15 de maio, o mutirão vai até 14 de junho, mas já observou problemas graves em relação a presos provisórios. “Ouvimos relatos de pessoas que se disseram presas há mais de quatro anos, no regime fechado, sem julgamento”, informou o juiz Marcelo Menezes Loureiro.

O mutirão seguiu para Parnaíba, onde visitou a penitenciária mista Fontes Ibiapina na última segunda-feira (20).

Até o próximo mês, além das inspeções em presídios, o mutirão deve rever 2.900 processos de presos provisórios no Estado.

Uma das melhorias implementadas com a vinda do CNJ foi anunciada nesta terça-feira (21). O Tribunal de Justiça do Piauí começou a implantar a calculadora da prescrição da pretensão executória, que auxilia magistrados para contabilizar o tempo restante para prescrição da pena.

Com informações da Agência CNJ de Notícias

 

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