O lavrador identificado como Estêvão de Araujo Lima, 30 anos, foi morto com objetos perfurantes após, supostamente, ter tentado assassinar cinco familiares no bairro Vila França, município de Barras, a 119 km de Teresina. Entre as vítimas, a esposa e um filho de aproximadamente dois anos de idade que chegou a ser mordido no braço pelo próprio pai.
De acordo com o subcomandante da 3ª Companhia do 15 BPM, sargento José Carcará, as outras vítimas foram identificadas como dois sobrinhos e uma irmã do lavrador.
“A esposa disse que ele chegou em casa calmo, sentou e ela pediu para ele tomar banho. Neste momento, o lavrador teria surtado, se armou com um facão e ameaçou matar a esposa, filho e se suicidar em seguida. Ele conseguiu ainda morder o braço da criança e arrancou a própria unha com os dentes. A mulher fugiu com filho. Enfurecido, ele saiu sem destino pelas ruas do bairro, tentou matar dois sobrinhos e uma irmã que encontrou na rua, mas eles conseguiram escapar ilesos”, explica o sargento.
De acordo com a PM, a quinta vítima foi identificada como Antônio Carlos Silva Lima que, não teria nenhum vínculo de parentesco com o lavrador, e foi esfaqueado, em seguida, encaminhado ao Hospital de Urgências de Teresina (HUT).
“Quando os sobrinhos e a irmã se esconderam, ele bateu na porta primeira porta que viu, que era a casa do Carlinhos, então começaram as agressões. O filho da vítima, Francisco Gama de Lima, tentou defender o pai e na discussão o lavrador foi morto na cozinha da casa”, explica o sargento José Carcará.
O laudo da perícia apontou que Estêvão de Araújo foi morto com golpes de dois objetos perfurantes. Após a morte, Francisco Gama e o pai Antônio Carlos- que sumiu após atendimento no hospital- desapareceram.
Informações repassadas pelos familiares à Polícia Militar apontam que o lavrador era ex-usuário de drogas e teria se envolvido em uma discussão no Pará.
“Acreditamos que ele possa ter sido um surto psicótico pois era ex-usuário de drogas e a esposa informou que ele teria voltado a fazer o uso de substâncias entorpecentes”, finaliza Carcará.
Por Graciane Sousa
