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Justiça do Piauí e de mais 10 Estados regulamenta união estável de casais homossexuais

casamento_homosexualA Justiça de Mato Grosso do Sul regulamentou a união estável entre pessoas do mesmo sexo. O decreto foi publicado pela Corregedoria de Justiça na terça-feira (8) no “Diário Oficial” do Estado. Pelo menos outros nove Estados e o Distrito Federal já reconhecem a união homoafetiva.O decreto estabelece que os cartórios estaduais façam a escritura pública de declaração de convivência de união homoafetiva “entre pessoas plenamente capazes, independente da identidade ou oposição de sexo”.

O desembargador Josué de Oliveira, corregedor-geral da Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul, justificou na publicação que há uma necessidade de regular o procedimento. “Considerando que a Constituição Federal estabelece o respeito a dignidade humana e a isonomia de todos perante a lei, sem distinções de qualquer natureza, inclusive de sexo”, diz o decreto.

O texto também diz que a união homoafetiva pode ser reconhecida como entidade familiar e comprovar dependência econômica para a Previdência Social, companhias de seguro e demais instituições.

Levantamento feito em agosto de 2009 encontrou pelo menos uma sentença favorável à união em primeira ou segunda instância em São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Acre, Piauí, Mato Grosso e Alagoas.

Fonte: Folha.com

18 Comentários

  1. Nesta segunda-feira 8, foi publicado decreto do presidente da República Luiz Inácio da Silva que cria o Dia Nacional de Combate à Homofobia, a ser lembrado em 17 de maio. Com isso, o calendário oficial brasileiro passa a registrar obrigatoriamente a data.

    O dia escolhido é o mesmo adotado pelo movimento LGBT internacional e diz respeito ao dia de 1990 em que a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade do rol de doenças. Em Brasília, o 17 de maio como momento para discutir a superação da homofobia é também uma data oficial desde 2009.

  2. Parabéns por mais esse feito! Agora só falta ser aprovado o CASAMENTO GAY, ou seja, entre pessoas do mesmo sexo! Nosso Presidente LULA por mais uma vez mostrou porque o colocamos LÁ!
    Ficará na HISTÓRIA DE TODO O BRASIL, afinal já estamos em novas ELEIÇÕES!!! Que vença o BRASILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL…

  3. Presidenciável do Psol chama de hipócritas candidatos que são contra LGBTs
    Por Welton Trindade em 10.06.2010 : : 14h24

    Em artigo, o pré-candidato a presidente da República pelo Psol, Plínio Arruda Sampaio, de 79 anos, defende a livre orientação sexual e se coloca favorável à luta de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais por cidadania. “A Constituição brasileira lhes assegura esse direito, uma vez que estabelece a obrigação de que todo brasileiro seja tratado como ‘igual perante a lei”, justifica.

    Em outra parte do texto, o presidenciável condena idéias opostas ao respeito a LGBTs. “E quem se propõe a debater os rumos do país e governar o povo brasileiro não pode se chocar com preceitos básicos do humanismo, submetendo-se à hipocrisia.” O Psol é um dos poucos partidos políticos no Brasil que incluem o avanço da cidadania arco-íris nas suas diretrizes de ações.

  4. União homoafetiva:
    legisladores x julgadores
    Publicado em 02.03.07 : : Adriana Costa

    , advogada
    União: legislativo ignora a realidade, enquanto judiciário vê com a ‘vida como ela é’

    Em nosso país, há muito vem sendo discutido o reconhecimento da união estável entre casais homossexuais. Existem aqueles que apóiam, aqueles que repudiam e aqueles que nada têm a declarar. O legislador, em que pese tais uniões serem um fato em nossa sociedade, recusa-se mesmo a admiti-lo. O que dizer sobre formular legislação específica.

    O julgador, como não poderia deixar de ser, depara-se com a realidade frequentemente. E, na falta de texto legal expresso, acaba tendo que decidir conforme o que lhe é apresentado pelas partes do processo e segundo suas próprias convicções e seu livre convencimento.

    Felizmente, poucos são os magistrados que ainda resistem a entender e aceitar que pessoas do mesmo sexo que convivem harmoniosamente durante anos, constituem patrimônio juntas, se assistem mutuamente, etc, formam, entre si, uma entidade familiar como outra qualquer.

    Outro aspecto que deve ser lembrado aqui é o de que já há precedentes relativos à adoção de menores por casais homossexuais no Brasil. A prática anterior mais freqüente era a da adoção por apenas um dos parceiros, o que, na realidade, é prejudicial para o adotado, pois gera obrigações apenas para o que adotou e não para o outro parceiro. É mais justo e razoável já que ambos tenham, na prática, as mesmas obrigações.

    Assim sendo, nada mais justo que os (as) próprios (as) cidadãos (ãs) busquem o referido reconhecimento. Os meios disponíveis para tanto, mesmo que não divulgados ou pouco procurados, são o registro público da união civil, feito em cartório. Existem, ademais, instituições que mantêm livros de registro com as declarações feitas pelas pessoas que

    contraem tal união.

    Esse procedimento é importante para casos que acabem em tribunais. Em ocasiões cuja prova da união, parceria, convivência ou qualquer outro nome que se queira dar for necessária, o documento é fundamental e incontestável para se demonstrar a existência da mesma.

    Afinal, acredito que não reconhecer como possível a parceria civil ou união estável entre duas pessoas do mesmo sexo é ato discriminatório, diante do que estabelece nossa Constituição Federal de 1988, uma vez que todos são iguais perante a lei.

  5. Um ativista das antigas poderia ter professado que as siglas LGBT e PFL nunca estariam juntas tendo em vista as raízes e os frutos direitistas desse partido. Em 2010, a realidade de serem ideologias esquerdistas e de centro-esquerda (como o PT) as mais próximas e comprometidas com a causa arco-íris não mudou, mas há exceções crescentes. A sigla do PFL virou DEM e uma importante figura do partido, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, virou um dos administradores com mais ações pró-LGBT do País.

    O DF também tem sua representação nesse rol de democratas do bem. A deputada distrital em segundo mandato Eliana Pedrosa, que também já foi secretária de Desenvolvimento Social, tem um histórico muito positivo no avanço dos direitos LGBTs na capital federal. Um bom exemplo de que direitos humanos devem ser valores acima de qualquer sigla, afinal, o que se quer são concretudes de palavras: igualdade e respeito.

  6. : : Direitos
    Lei do DF protege LGBTs,
    mas é desconhecida
    Publicado em 15.10.2009 : : Welton Trindade, do ParouTudo

    Um shopping fechado por discriminar LGBT. Isso é imaginação? E só pode ser conjecturado em países da Europa ou no Canadá, onde os direitos arco-íris são avançados? Se pensar que sim, você é mais um dos moradores do DF que desconhecem a lei distrital 2.615. O que te deixa mais indefeso contra a discriminação, tendo em vista que as regras determinadas por ela tem grande poder contra, inclusive, a homofobia.

    Proposta por um integrante do Estruturação – Grupo LGBT de Brasília entre 1999 e 2000 à então deputada distrital Maninha, parlamentar do PT na ocasião, o projeto da lei foi aprovado pela Câmara Legislativa, mas vetada pelo governador Joaquim Roriz (na época do PMDB), homofóbico assumido. Como prova da força da pressão social pela continuidade da proposta, a Câmara derrubou a determinação contrária do governador e fez a proposição virar lei, o que ocorreu em outubro de 2000. Tal fato colocou o Distrito Federal no restrito grupo de unidades da Federação no início desta década que puniam a discriminação contra LGBT.

    Depois de sancionada, a lei, de acordo com o que manda a legislação, deveria ser regulamentada em questão de semanas, mas, neste outubro de 2009, completa-se nove anos e três governadores sem tal passo, que é importante para melhor definir sua aplicabilidade. Essa aliás é uma das principais demandas atuais do movimento LGBT do DF.

    : : Uma amiga desconhecida

    De toda forma, a falta regulamentação não impede ela seja utilizada. E quem sabe disso tem muito mais força para reagir contra a discriminação. Caso alguém se sinta vítima de preconceito pela orientação sexual na hora da entrevista para um emprego, por ser impedido de entrar ou permanecer em um local ou por ser constrangido publicamente, por exemplo, pode acionar a lei, que determina punições ao autor desses atos.

    Uma amostra: no conhecido caso do Bar Leblon, ocorrido em setembro último, em que um grupo de amigos gays foi impedido de expressar carinho no estabelecimento, além de as vítimas poderem ir à Justiça contra o proprietário do local, eles poderiam acionar a lei 2.615 contra o acusado. O texto prevê uma gradação de punições que vai da advertência, passa por multas e chega ao fechamento do local em definitivo caso haja reincidência.

    A lei é forte, mas o desconhecimento dela por parte de LGBT a torna pouco utilizada. Como forma de modificar esse cenário, o presidente do Estruturação – Grupo LGBT de Brasília, Júlio Cardia, diz que a entidade fará uma ampla campanha de divulgação da lei. “A proposta é de, em breve, desencadearmos uma campanha geral para que todos e todas conheçam essa lei. Temos essa conquista no DF há nove anos, mas isso só não basta. Cada LGBT deveria conhecê-la de cor porque ela é mais uma forma de nos defender. E quanto mais ela for aplicada, mas vamos educar as pessoas no sentido de que nos discriminar tem consequências bem sérias para quem faz isso.” A campanha está em elaboração e contará com ações na internet e em locais LGBT. Na terça-feira 6, houve uma reunião aberta ao público na entidade para explicar em detalhes como a legislação funciona.

    : : LGBTs podem ser vítimas da lei

    Um dos pontos pouco ditos sobre a lei 2.1615 é que ela pode punir um LGBT. Como? Caso ele discrimine um heterossexual. Sim! A lei não defende apenas LGBT, mas todo tipo de discriminação que tenha como base a distinção negativa de uma orientação sexual. Assim, caso uma mulher heterossexual seja discriminada em um local LGBT ou por um homossexual, bissexual ou transgênero, ela pode acionar essa legislação. Enfim, vale aqui a máxima: quem pede respeito também deve oferecer respeito.

  7. Ter esperança é como despertar de um pesadelo e ver que há condições para que o mundo se transmute de acordo com nossas fantasias. Nesse aspecto, paradoxalmente, a luta de qualquer militância tem o objetivo de que, algum dia, não mais a militância seja necessária.

    Alguns ativistas, porém, não aceitam nada de tudo isso que acima relatei. Eis a razão de existir confissão como a que farei.

    Sou negro, alguns amigos dizem que sou filho de Oxaguiã, Orixá sem sexo por ser um homem que usa filá na frente (no pavilhão dos Orixás, com exceção de Oxaguiã, somente as Orixás mulheres/Iyabás usam filá nessa posição). Essa foi a maior parte da Cultura Afro-Brasileira que aprendi apenas aos 21 anos de idade, quando também iniciei militância homossexual dentro de um grupo organizado. Peço desde já desculpas aos mestres por falar de algo que não domino, e licença a Exu para iniciar esse tema: Laroiê, Exu! Salve, Exu! Este será o conteúdo do presente artigo: a vivência de minha negritude gay, uma “gaycidade” que tem milênios de história e megatons de ancestralidade.

    Não basta que esta nossa causa, a emancipação completa dos homossexuais quanto ao exercício de sua cidadania, seja justa: Consentir, apequenar-se diante da injustiça, tão-somente a fim de preservar uma instituição, é indigno de qualquer pessoa que honestamente se considere ativista em prol dos direitos humanos porque é preciso que a justiça esteja, antes de tudo, dentro de nós mesmos; há vezes em que o que somos fala mais alto do que o que dizemos.

    Na medida em que se violam e se rompem pressupostos ideológicos e metodológicos, pode-se sofrer boicote. Quando se envolvem valores, convicções e identidades, já não se está mais no âmbito da razão, e sim no da fé, da crença e da crendice, religião laica que não se reconhece como tal e chega até mesmo ao absurdo de postular-se ciência. Pensar torna-se, então, uma violação de tabus; logo se arranjam pretextos, mais ou menos inconsistentes e impertinentes, para bloquear o avanço da crítica e a busca de alternativas para um fim que supunha-se comum: a redução e controle das violências contra pessoas em decorrência do preconceito com relação a sua orientação sexual ou à forma como expressa sua sexualidade. Que o digam as negras e os negros no movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), cujo protagonismo está sempre à prova, como em qualquer outro espaço de poder neste país.

    Lembro-me de algumas reações ao senhor Francisco Carvalho, negro, antigo militante, por ter inspirado a ex-deputada Maninha a defender a lei de penalização à homofobia no Distrito Federal (Lei 2.615/2000, ainda não regulamentada): chamaram-no de “estressado”, “enjoado”, “grosso”, mas não o agradeceram. Mas isso ainda se releva ao se observar o seu total contrário: censura. Mais de uma vez nesses meus 11 anos de ativismo em direitos humanos fui ameaçado ou testemunhei militantes serem ameaçados a não tomar determinadas medidas, sob o julgo de autoritarismo e presunção que chegaram ao extremo dos ataques pessoais.

    Falo isso porque é especialmente difícil para negros a força da reação a sua posição de destaque, inclusive no meio LGBT.

    Confunde-se igualdade com submissão e fraternidade com uma aparência provisória que ajuda a acabar com os outros. Racismo: o mais doloroso é testemunhar até mesmo o horror a negros e pobres, e a naturalização dos privilégios de classe: você, leitor ou leitora, nunca ouviu nenhum amigo dizer que não entendia o apoio dado aos negros pois nunca viu um negro morrer no Brasil? Isso acontece, os negros ouvem. E a digna revolta de possíveis testemunhas geralmente é seguida da secundarização do tema, da tentativa de transformar em firula um conflito de vida e morte.

    Esta é uma crônica subjetiva, sim! Não se propõe a denunciar, mas a atiçar sua curiosidade, como um ser vivo, da inusitada combinação de sua inutilidade e de seu perigo. Ainda que não proclame sua convicção, está convicta da não-verdade de quem dela discorda. Por isso, não polemiza, pois seria uma regressão discutir o que ela já superou. Apenas expõe, e se expõe; não faz parte da farsa que não se reconhece como tal. Não crê em TODA militância como salvação, sabe, porém, que considerar TODA militância como salvação é uma ponte possível. Sabe que a simpatia ainda perpetua tiranos que sempre excluiram e excluem negros.

    Isso pode deprimir, enlouquecer mesmo tantos negros LGBT como eu. Não seria melhor negar? Ou sonhar que estamos no País das Maravilhas? É inevitável TODOS crescermos, e a inocência não ser nosso escudo.

    Aqui, da minha minúscula escrivaninha numa periferia brasiliense, despeço-me desejando olhos e ouvidos seus para essa minha negritude tão esquecida: a homossexual. XEUÊ BABÁ!

  8. Oficialmente, apenas em 6 de julho é permitida a propaganda eleitoral e, enfim, o debate específico na sociedade sobre as eleições deste ano para presidente da República, governador, deputado e senador. Entretanto, parece que esqueceram de dizer que esse 6 de julho é de 2010. Sim, porque não é nada raro ver políticos em atos tipicamente eleitorais desde o ano passado no mínimo.

    Com boa parte dos candidatos a presidente da República já definidos, o ParouTudo conversou com alguns dos principais ativistas LGBT do Brasil para ver se eles já têm posição sobre a disputa e quais as suas razões para tal. Ressaltamos que a opinião manifestada aqui é pessoal e não dada como representação de uma entidade. Sobre o resultado, por eles, o PT continuará no pod

  9. A capacidade do movimento LGBT de juntar animação e política não tem como exemplo apenas as paradas. A ONG Movimento Gay Leões do Norte, com apoio da boate Metrópole, ambas de Recife, lançaram a campanha “Queremos um Brasil hexacampeão e sem homofobia”.

    A proposta é que a torcida para a seleção brasileira também possua o tom de reivindicação contra o preconceito. A estratégia é usar a camisa verde e amarela da campanha. A roupa tem um mapa do Brasil em arco-íris.

  10. Carlos Minc, é questionado como lida com as insinuações de sua sexualidade. Ele disse que os rumores surgiram quando era deputado no Rio e começou a legislar em favor da comunidade LGBT.

    “Quer dizer que tem que ser gay para fazer uma lei em favor deles? Essa é uma forma de amesquinhar a política”, diz o ministro. O repórter perguntou por que Minc só usa coletes ao invés de paletó e gravata. “Tenho 48 peças de tudo quanto é lugar. Fui à Parada Gay com um bem desvairado que ganhei do Carlos Tuvfesson, gay assumido e um dos maiores estilistas do Rio. Nas ocasiões formais uso coletes ‘ecochiques’. Com uma gravata ficam muito elegantes”, revela.

  11. Filipe, 33 anos, técnico de informática, e Aldry Sandro, 40 anos, psicólogo e professor universitário – 11 anos de relação

    “Meu namoro com o Sandro acompanha as paradas do orgulho LGBT de Brasília. O vi pela primeira vez enquanto estava carregando a bandeira do arco-íris na primeira parada da cidade, em 1998. Nem rolou paquera porque ele estava acompanhado e eu um tanto ocupado. Depois desse dia, só fui reeencontrá-lo na parada de 99. Eu estava conversando com uma amiga e ele, andando de patins. Dessa vez trocamos olhares… Ele se interessou, veio na minha direção, foi se exibir e levou um tombo digno de propaganda de Gelol. Parei pra ajudar. Ficamos. No final de semana seguinte, saímos pro cinema e nisso estamos juntos há quase 11 anos e indo pra 12ª parada.

    Nesse tempo todo tivemos altos e baixos como todas as relações têm. Nós nunca fomos de muito romance, somos muito tranquilos e eu, pragmático até demais. Logo nos primeiros meses, combinamos que a relação seria aberta e quanto a isso nunca tivemos problemas. Fomos morar juntos em 2001 e mais tarde declaramos a união em cartório. Vieram conquistas profissionais, as agonias e alegrias de concursos, graduação, mestrado e doutorado. Permanecemos juntos durante todas essas alegrias e tristezas e a intenção é que nossa história siga única e cheia de conquistas. Estamos cheio de planos!”

    Sílvia Gomide, 39 anos, jornalista, e Claudia Oliveira, 43 anos, servidora pública – 10 anos de relação

    “Eu e Claudia estamos juntas há dez anos. Quando a gente se conheceu, por meio de amigos em comum, eu estava solteira há um tempo e ela, casada. Pouco depois, ela saiu de Brasilia e se separou. Ficamos um tempo conversando por telefone, eu fui visitá-la e ela acabou voltando, já para morar comigo.

    Dia dos Namorados é meio bitter sweet [doce e amargo] para mim. Eu sempre tenho a sensação que é uma data para heterossexuais, que a gente fica meio de intrusa na festa dos outros. Nós duas comemoramos, compramos presentes e tudo, mas já tem um tempo que preferimos curtir um jantar em casa. É um data puramente comercial e toda parte com esse objetivo é voltada para casais hétero. Se eles fizessem campanhas com casais de vários tipos, seria muito mais inclusivo.”

    José Pennafort, 29, cientista político, e Paulo Amorim, 44 anos, arquiteto – 7 anos de relação

    “Nós nos conhecemos em maio de 2003 através do chat do Terra, o famoso Eles e Eles 1. Trocamos fotos e conversamos por horas. Era sábado. Combinamos de nos encontrar na segunda-feira. Como trabalhamos no Congresso Nacional, marcamos na Biblioteca do Senado. Desde esse dia, não nós desgrudamos. Decidimos morar juntos alguns meses após o início da relação.

    Quando compramos nosso apartamento, decidimos registrar a união, que também é aceita pela Câmara dos Deputados para inclusão de dependente. Temos a felicidade de nunca termos sido discriminados a não ser em nosso primeiro Dia dos Namorados. A atendente não quis vender o presente para o Paulo. Ele só falava para ele “E o presente da sua namorada?”. Depois de perguntar umas cinco vezes eu disse: “Eu sou o namorado”. Ela virou as costas e não nos atendeu. Nossas famílias nos aceitam e tratam nossa relação de forma natural, inclusive com as crianças. Minha mãe, por exemplo, passará o Dia dos Namorados conosco

  12. Realizada nesta sexta-feira 11, a parada do orgulho gay de Tel Aviv, cidade israelense conhecida por ser muito aberta a homossexuais. Uma das marcas do evento foi a crítica à parada de Madri, que vetou a participação de um carro de Tel Aviv no ato. A negativa madrilenha foi motivada pelo ataque do governo de Israel a barcos que tentaram aportar na Faixa de Gaza há algumas semanas.

    Participantes disseram que a parada de Madri foi preconceituosa por ter confundido questões políticas e por não criticar o que os países mulçumanos fazem contra gays. Israel é um dos países mais avançados do mundo em direitos LGBTs. O casamento homo é aceito. A parada foi a primeira realizada depois da morte de dois jovens por um ataque a uma entidade gay em agosto de 2009. Os dois foram lembrados no at

  13. B-RS)”.

    Agenda do governo e temas polêmicos
    No programa, Marina falou sobre alguns temas da agenda do governo. Sobre o reajuste dos aposentados, afirmou que sancionaria o aumento de 7,7% “para que haja reparação”. Mas vetaria o fator previdenciário.

    Já acerca da atuação do Brasil em relação ao Irã, falou que “não se pode criticar o diálogo”. No entanto, disse que se trata de uma “situação preocupante”, pois o Irã desrespeita os direitos humanos.

    A candidata também não fugiu dos temas polêmicos, como o aborto e a união civil dos casais gays. Sobre o aborto, reafirmou que é contrária, mas defende um plebiscito sobre o tema. Porém, voltou a afirmar que é contrária ao casamento de homossexuais, apesar de reconhecer o direito de deles de ter “uma união civil de bens

  14. ONG processa torcida organizada do São Paulo por homofobia
    Por Da Redação em 09.06.2010 : : 9h35

    Nesta terça-feira 8, o Identidade – Grupo de Luta pela Diversidade Sexual, de Campinas (SP), denunciou ao governo do Estado a Dragões da Real, torcida organizada do time de futebol São Paulo. O motivo é a veiculação, no final de maio, de um artigo intitulado “Richarlyson em boate gay… Até quando vamos agüentar isso?” no site da torcida.

    O texto cobra da diretoria do clube que não deixe o jogador, que seria “afeminado”, “sujar” a imagem do time. A torcida diz que há crianças com vergonha de dizer que torcem pelo Sâo Paulo porque são chamados de bambis e Richarlyson. O Identidade quer punir o Dragões da Real com base na lei estadual contra a homofobia

  15. Universidade faz jogos educativos contra homofobia
    Por Welton Trindade em 16.06.2010 : : 17h00

    Se é verdade que é possível aprender brincando, a idéia da Universidade Federal de Minas Gerais é que se pode aumentar o respeito a LGBTs por meio de jogos educativos. Nesta quinta-feira 17, o Projeto Educação sem Homofobia, da instituição, lançará o kit de jogos E aí?.

    A meta é promover o debate sobre a diversidade de orientação sexual e identidade de gênero de forma lúdica. Há um jogo da memória, um quebra-cabeças e uma disputa de interpretação de papéis. A iniciativa tem apoio do Ministério da Educação.

  16. Prefeitura da Filadélfia nega apoio a escoteiros por eles serem anti-gays
    Por Welton Trindade em 16.06.2010 : : 18h00

    Está próximo o julgamento no qual a associação de escoteiros dos EUA quer impedir que a Prefeitura da Filadélfia os expulse de um prédio público. O governo disse que não pode abrigar uma entidade que tem como política a rejeição a homossexuais.

    Os escoteiros americanos têm como diretriz oficial não aceitar gays. Esse direito foi assegurado a eles pela Justiça em 2000. A prefeitura não entra nesse mérito e alega que eles até podem discriminar gays, mas que o governo não pode apoiar quem faz isso. Tomara que os lobinhos uivem em outra freguesia.

  17. Argentina terá semana gay de esqui
    Por Welton Trindade em 16.06.2010 : : 15h47

    Foi lançada, nesta terça-feira 15, a Bariloche Gay Ski Week (Semana Gay de Esqui de Bariloche). A proposta é atrair homossexuais dos Estados Unidos, Brasil e Austrália principalmente. Bariloche é uma das cidades mais visitadas da Argentina. O evento acontece em setembro deste ano e tem apoio do governo.

    Como exemplo do potencial do mercado gay, foi dito na apresentação que, nos EUA, o turismo arco-íris perfaz 10% do dinheiro movimentado na área. A força econômica da parada do Orgulho LGBT de São Paulo também foi citada como prova de sucesso nesse segmento. Informações aqui.

  18. Presidenciável Marina Silva diz ser a favor de união civil homossexual
    Por Welton Trindade em 16.06.2010 : : 15h10

    Em sabatina promovida nesta quarta-feira 16 pelo jornal Folha de S. Paulo, a candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva, voltou a falar acerca de direitos LGBTs. Ela disse ter opinião favorável à união civil, mas reafirmou ser contra o casamento homo.

    A respeito de adoção por casais do mesmo sexo, a candidata preferiu se omitir. Disse que não tem opinião formada sobre o tema, mas que é contra crianças ficarem na rua. Na continuação, ela se comprometeu com um estado sem influência de religiões. “O Estado deve ser laico e não pode discriminar qualquer pessoa.”

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