O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) julgou na tarde desta quarta-feira (30), o recurso da revogação da prisão preventiva do ex-tenente do Exército José Ricardo da Silva Neto, acusado de assassinar a namorada Iarla Lima Barbosa, em junho de 2017 e determinou nova prisão preventiva.
O ex-tenente do Exército já havia sido preso logo depois do crime. No entanto, em fevereiro de 2018, foi solto, quando teve a prisão preventiva revogada. A liberdade de José Ricardo da Silva Neto foi fundamentada no bom comportamento e no comparecimento a todos os atos processuais por parte do réu, como também o requisito de não apresentar antecedentes criminais.
Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Piauí, primeiro será realizado um acórdão para que o novo mandado seja emitido, portanto a prisão não será efetuada hoje e poderá durar alguns dias.
O recurso foi impetrado pelo Ministério Público do Piauí e julgado na 2ª Câmara Especializada Criminal, no qual dois desembargadores votaram a favor da prisão e apenas um contra.
Entenda o caso
Iarla Lima Barbosa foi morta na madrugada do dia 19 de junho de 2017, na zona leste de Teresina.
Ao deixar um barzinho, o ex-militar entrou no carro e se alterou dizendo que Iarla havia dançado com os amigos deles que estavam na festa. Sacou uma pistola que estava debaixo do banco do carro e matou a universitária, baleando ainda uma irmã dela e outra amiga que estavam dentro do carro.
José Ricardo ainda dirigiu o carro com Iarla morta até o apartamento dele, onde terminou preso. O corpo da vítima estava dentro do veículo.
Para tentar forjar uma versão, o ex-tenente teria atirado na própria perna, mas acabou indiciado por crime de feminicídio, antes de ser expulso do Exército.
José Ricardo chegou a confessar o crime e alegou ciúmes.
Portal Az