A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, que está substituindo o juiz Antonio Noleto, na 1° Vara do Tribunal do Juri, autorizou a quebra do sigilo bancário da estudante Fernanda Lages Veras, solicitado pela Polícia Federal. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (25) pelo jornal Diário do Povo.
Desde o mês de novembro a Polícia Federal atua nas investigações sobre a morte de Fernanda. O corpo da estudante de 19 anos foi encontrado na manhã do dia 25 de agosto no canteiro de obras da nova sede do Ministério Público Federal, na Avenida João XXIII.
A entrada da Polícia Federal no caso ocorreu após solicitação do Ministério Público Estadual ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. No dia 9 de novembro do ano passado o ministro assinou portaria determinando que a PF investigasse a morte da jovem. O ministro levou em conta a alegação feita no ofício do MP, de que a morte de Fernanda poderia ter conexão com o tráfico interestadual e até internacional de mulheres.
A Polícia Federal tem trabalhado discretamente no caso, durante esses dois meses, a equipe que veio de São Paulo para fazer as investigações já ouviu depoimentos e colheu muitos materiais que já haviam sido analisados pela Polícia Civil.
Já foram ouvidos na sede da superintendência da PF em Teresina: o pai e a mãe de Fernanda Lages, uma tia da estudante (Cassandra Lages), os vigilantes das obras do Ministério Público Federal e do Tribunal Regional do Trabalho e duas amigas de Fernanda: a Nayra e a Pauliene (que dividiu apartamento com Fernanda).
Dentre os materiais em posse da Polícia Federal estão as imagens de cinco câmeras que registraram o percurso feito pelo carro de Fernanda do bar Pernambuco até a obra do MPF, os exames toxicológicos e de perfis genéticos, feitos na Paraíba e o carro da estudante.
A PF pediu ainda autorização judicial para fazer a exumação do corpo da jovem que foi sepultado em Barras, sua cidade natal. A remoção do cadáver deve acontecer ainda este mês de janeiro.
Fonte: Portal AZ