O ex-prefeito de Nossa Senhora dos Remédios, Ronaldo Lages, foi condenado a cinco anos e sete meses de prisão, sendo que quatro serão cumpridos em regime fechado.
Ronaldo Lages foi condenado a quatro anos por disparar tiros de arma de fogo em via pública e a um ano e sete meses pela resistência à prisão.
Ele chegou a ter seu pedido de revogação de prisão preventiva negado pela 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI).
O juiz da cidade de Porto, Ulysses Gonçalves da Silva Neto, agiu celeramente, marcando o julgamento do ex-prefeito para a terça-feira (27), dias depois de autorizar a prisão de Lages.
O magistrado já havia determinado a prisão dele no dia 18 de dezembro, dois dias depois de Ronaldo atirar em via pública, ser preso e liberado sob fiança.
Lages, que é policial civil, já tinha condenação por atirar em via pública e ferir pessoas. O juiz Ulysses Gonçalves, contudo, entendeu que ele deveria permanecer preso em razão do histórico do policial, que tem agravantes.
“A postura que vem sendo manifestada pelo investigado (Ronaldo Lages) é a de absoluto desdém ao Poder Judiciário, de sorte a, em tese, não cessar posturas vulneradoras da ordem pública, mesmo após muitas condenações criminais”, disse o juiz na decisão de mandar prender Lages.
Antecedentes
Ele já respondia processo pela morte da biomédica Joysa Barros, em 2013, em um acidente de trânsito. Ronaldo Lages invadiu preferencial e estava embriagado quando atropelou e matou a moça. Ele foi indiciado por homicídio doloso e lesão corporal ao namorado da vítima. A ação tramita na 6ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, onde aguarda julgamento.
Ronaldo responde a ação penal com sentença condenatória, mas ainda em grau de recurso, por crime contra a honra de agente da autoridade policial. Tem ainda condenação criminal por porte ilegal de armas de fogo de uso restrito – esta em caráter definitivo.
Ele ainda respondeu por processo por crime eleitoral – condenado sem chance de recurso.
Outra condenação deu-se por lesão corporal grave, pois atirou contra uma pessoa em local cheio de pessoas, numa situação bastante semelhante à que ele protagonizou no dia 16 de dezembro, quando deu três tiros durante os festejos de Nossa Senhora dos Remédios.
Neste último caso, o ex-prefeito disse que agiu para apartar uma briga, alegando que agiu como policial. Mas isso não convenceu o juiz, que ressaltou na decisão de prendê-lo o estado de embriaguez do policial.
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