Jornalista faz dura crítica sobre engavetamento do Caso Fernanda Lages
Em sua coluna do último sábado (25/08), o jornalista Arimateia Azevedo, do Portal Az, fez dura crítica ao que chamou de engavetamento do processo da estudante barrense Fernanda Lages.
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“Há sete anos era encontrada morta na obra do prédio que hoje abriga o Ministério Público Federal, a estudante Fernanda Lages, à época com apenas 18 anos. Até hoje a ação penal está aberta porque os dois inquéritos policiais – das Polícias Civil e Federal – parecem enredo de filme de segunda categoria que não sincroniza início, meio e fim. Por envolver supostamente figuras de importância na cidade, o poder político influenciou de Teresina a Brasília, fazendo com que, tal e qual porco chafurda na lama, fizessem uma nojenta porcaria nas investigações. No bojo de malsinados inquéritos há de tudo: gravações de conversas, conversas mal explicadas, citação de figurões e figurinhas, laudos técnicos que parecem ter sido encomendados de acordo com os interesses de ocasião, enfim, toda uma atrapalhada dos investigadores da famigerada Cico (Comissão de Investigação do Crime Organizado), que de tão enxovalhada e envergonhada, foi extinta logo após; e dos teatrais promotores de Justiça que buscavam mais holofotes que propriamente chegar a algum lugar na investigação. A ação penal, volumosa, emporcalhada e chafurdada, está escanchada em alguma prateleira do Ministério Público, que finge que ainda investiga e, no entanto, deixa apenas o tempo passar para o assunto cair no absoluto esquecimento. Mataram, fria e covardemente, uma jovem que tinha sonhos e que, certamente escondia segredos, mas que não merecia tão cruel destino. Quem tem escusos interesses em jamais elucidar esse caso quer passar para a história que tudo não passou de um boato, mas seguramente, essa mesma história registrará que a população, quase sem exceção, sabe do crime e dos seus verdadeiros criminosos. No dia de hoje, anjos de luzes gravitam em torno de Fernanda. Seus algozes atormentam-se com os enviados do inferno”.
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