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Jornalista Décio Sá assassinado em São Luis estava “grampeado”

Na medida em que as investigações se aprofundam em torno da morte do jornalista Décio Sá, com seis tiros de pistola ponto 40 às 22h40min do dia 23 de abril passado, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, em São Luis, uma sequência de indicios levam à escandalosa suspeita de que o profissional estava “grampeado” por bandidos que utilizavam serviços de policiais corruptos assim como fazia o esquema de Carlinhos Cachoeira, para monitorar agentes públicos e adversários.

Uma viatura da Polícia Militar do Maranhão passou em alta velocidade em frente ao Bar Estrela do Mar três minutos depois dos disparos contra o jornalista e não abordou um motoqueiro poucos quilômetros adiante simplesmente por que ele estava sozinho, sem um carona como haviam indicado algumas testemunhas. O pistoleiro, que fugiu na garupa do cúmplice, tinha descido antes e subido uma duna, encontrando-se com mais dois homens lá no alto.

“Grampo”

A investigação sobre a morte de Décio Sá chegou a um ponto que indica que ele pode ter sido morto porque se preparava para denunciar um esquema de corrupção envolvendo políticos e empresários, homens fortes economicamente que poderiam ter conseguido os serviços de agentes públicos que estariam monitorando o jornalista através de escutas telefônicas.

A Polícia Federal no Maranhão está auxiliando nas investigações de maneira extraoficial, principalmente na parte que se aprofunda na suspeita de que pode haver policiais envolvidos no crime, motivo de revolta demonstrada numa passeata ocorrida ontem em São Luis, encabeçada pela mulher do jornalista que pediu o esclarecimento do crime e a abertura de uma CPI contra a pistolagem.

Em São Luis são cada vez maiores os rumores de que os assassinos de Décio receberam cobertura de policiais corruptos durante a fuga.

Por Feitosa Costa

 

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