Quadrilha usava nome de conhecida cirurgiã dentista para aplicar golpes em Teresina e no Piauí
Uma das vítimas da possível quadrilha especializada em estelionatos em Teresina, desbaratada pela Polícia Civil, era a cirurgiã dentista Marília Macedo.
Com dados expostos, como os abaixo, em face da necessidade para a realização de sua profissão, ela foi um dos fáceis alvos para os integrantes do grupo criminoso.
Na última semana ela estava sendo cobrada por compras não realizadas por sua pessoa. E achou estranho.
Ao perseguir a história de como tudo ocorreu, ela percebeu que uma terceira pessoa, se passando por ela, contatava estabelecimentos comerciais de alto padrão e tratava sobre a realização de compras.
Realizados os trâmites negociais, um suposto encarregado retirava a mercadoria e mandava que a loja vendedora cobrasse o pagamento à posteriori, em nome da boa fama do adquirente. Como os pagamentos não ocorriam, as cobranças eram imediatas.
No caso de Marília Macedo ela procurou a polícia, que suspeita que outras três dezenas de pessoas também possam ter sido vítimas.
Em nota à imprensa a polícia aponta Evitha Kelly Silva Benício como a líder da suposta “organização criminosa”, sustentando que, “de forma continuada”, ela “praticou golpes contra diversos teresinenses”.
Evitha, que já estava sendo monitorada, foi presa em ação conjunta da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) e da Gerência de Polícia Especializada (GPE). Além de integrante de organização criminosa, outro crime que está sendo acusada é o de estelionato.
“O golpe consistia em, usando identidade de pessoas conhecidas na sociedade de Teresina, realizar falsas compras em sites e aplicativos de negociação direta, levando as pessoas que anunciavam seus produtos a erros”, diz a nota da polícia.
Até agora, segundo aponta atividades investigativas de campo e diligências em ambiente cibernético, a Polícia Civil já conseguiu identificar mais de 15 vítimas no Piauí, além de identificar envolvidos nos crimes.
Evitha já é, também segundo a polícia, investigada por outros crimes em vários distritos da capital.
“Estima-se que o número de vítimas possa chegar a 30 somente no último mês”, diz a nota da Polícia Civil.
COMPARECER À POLÍCIA
A instituição pede que as novas vítimas que reconhecerem a acusada devem comparecer à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática.
“Assim como devem fazer o mesmo aqueles que tenham comprado produtos vendidos pela associação criminosa investigada”, alertam os policiais.
Por Romulo Rocha