A equipe da Polícia Federal que investiga a morte da estudante Fernanda Lages Veras, ocorrida no dia 25 de agosto de 2011 estava preparada para “esse vácuo” criado pela demora da conclusão de todos os exames periciais solicitados no corpo da garota, que se encontra atualmente em Brasília. Em Teresina sabe-se que dezenas de pessoas foram ouvidas em torno do inquérito e que as próximas providências dependem dos resultados periciais. Junto a policiais federais que não fazem parte diretamente das investigações foi sentido, no inicio desta semana, um clima de euforia com relação ao trabalho dos colegas designados para o caso. Um deles, bastante experiente, ao ouvir deste repórter o comentário de que a equipe emitia sinais de acreditar no suicídio, reagiu assim: “acho que você está muito enganado”.
Existem muitas especulações sobre novas descobertas, principalmente na área do levantamento nas contas bancárias de Fernanda realizada pelo Banco Central por determinação do juiz Antônio Reis de Jesus Noleto, que acatou pedido do delegado José Edilson Freitas. Circulam insistentes rumores segundo os quais pelo menos dois nomes “teriam emergido” como autores de depósitos na conta da garota mas não há confirmação na área do Ministério Público muito menos na esfera da Polícia Federal.
O certo é que os investigadores descobriram que Fernanda Lages foi manipulada pelo menos nos dois meses que antecederam a sua morte. Os levantamentos em torno do comportamento da garota desde o tempo em que morava em Barras, indicam que ela era uma menina meio ingênua, e não aquela esperta que alguns tentaram desenhar.
Fernanda foi sim, segundo um policial que participou das investigações realizadas nos primeiros dias que se seguiram à sua morte, “objeto de desejo de uma meia dúzia bastante conhecida pelos métodos que utiliza para atrair belas garotas deslumbradas com a vida”.
Por Feitosa Costa