O governador Wilson Martins (PSB) pode ser cassado em julgamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI) nesta segunda-feira (15/08). É a primeira ação, dentre outras seis que ele responde na Justiça Eleitoral, envolvendo inclusive compra de votos. A mais esperada é uma que foi encontrado ‘santinhos’, vale-transporte e dinheiro dentro de uma van e um veículo menor, que tentava sair de Teresina, na época da campanha eleitoral do ano passado.
Wilsão vai ser julgado nesta segunda em Representação movida pelo Ministério Público Eleitoral, que tem como relator o juiz Jorge da Costa Veloso. Na Representação, Wilsão é acusado de conduta vedada a agente público, conforme explicita o Artigo 41a, da Lei 9.504/97, a Lei das Eleições. Defende o governador na ação o advogado William Guimarães. O MP deve apresentar as provas que colheu durante o julgamento, no pleno do Tribunal Regional Eleitoral.
Depois desse processo, independente do resultado, Wilsão terá de ser ouvido em outra ação no TRE-Pi em setembro deste ano. Além deste processo contra o governador e que pode render a sua cassação (o segundo colocado que assumiria seria o ex-prefeito de Teresina Silvio Mendes, do PSDB), o tribunal julgará duas ações penais contra prefeitos do estado. Os gestores são acusados de compra de votos, artigo 299 do Código Eleitoral.
PROCESSO NO TSE
Além disso, o PSDB apresentou outra ação também ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recurso contra a expedição do diploma do governador reeleito do Piauí, Wilson Martins (PSB), e de seu vice, Antônio José de Morais Sousa Filho, o Zé Filho (PMDB). Eles são acusados de suposta captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e uso de propaganda irregular em municípios piauienses. A ação informa que, em agosto do ano passado, teria sido instaurada uma investigação para apurar se os funcionários do setor de identificação da localidade de Parnaíba estariam sendo obrigados a atender pessoas identificadas por senhas específicas, ligadas a policiais civis, com o intuito de expedir carteiras de identidade. Segundo o PSDB, “eleitores eram abordados por pessoas ligadas aos candidatos”, sendo levadas ao Setor de Identificação Criminal de Parnaíba em veículos dirigidos por correligionários e cabos eleitorais do governador para obter o documento de identidade. No local, receberiam a senha de cor amarela, a mesma cor do PSB, e não pagariam taxa para solicitar a expedição do documento de identidade.
Fonte: 180 Graus]]>