Governador diz que rebeliões no PI são planejadas por organização criminosa
Um dia após conseguir com o presidente Michel Temer forças federais para atuar nos presídios do Estado, o governador Wellington Dias admitiu nesta terça-feira (10) que as rebeliões ocorridas no Piauí não são fatos isolados.
Segundo ele, as investigações realizadas mostram uma atuação organizada no comando dos atos criminosos.
“Tivemos uma situação que não é isolada: primeiro em Parnaíba, depois tivemos aqui na Major César, na Casa de Custódia, e em seguida em Esperantina. A partir das investigações que fizemos ficou demonstrado que existe algo mais organizado e que precisa ser tratado com a presença federal”, afirma.
Além das cidades citadas pelo governador, o Piauí também registrou violenta rebelião em Vereda Grande, no município de Floriano. Para o petista, a forças federais são necessárias devido à atuação de quadrilhas nacionais.
“Inclui quadrilhas nacionais, inclui crimes que são tipicamente federais como a área do narcotráfico e, por essa razão, a ação conjunta do Estado com o governo federal vai dar um resultado com mais agilidade”, declarou, admitindo a ação de grupos organizados no Piauí.
Questionado sobre a possibilidade de agentes penitenciários estarem envolvidos nas rebeliões, Wellington Dias declarou que confia na categoria, mas que investigações estão sendo feitas.
“Eu quero confiar nos agentes, mas se tiver qualquer pessoa do sistema envolvida, certamente a investigação haverá de comprovar e medidas vamos tomar. Vamos ter as condições de ter maior facilidade de encontrar as provas e os responsáveis”, finalizou.
Segundo o governo do Piauí, além da Força Nacional, o Estado irá receber o auxílio da PF nas investigações de combate ao crime organizado.