Funcionários, pacientes, familiares e entidades de defesa dos direitos das pessoas com deficiência programaram uma manifestação para a próxima segunda-feira contra a possível redução dos serviços do Centro Integrado de Reabilitação, CEIR, que realiza mais de 35 mil atendimentos ao mês. A manifestação está programada para às 16h, na avenida Frei Serafim.
O motivo é a falta de aumento do repasse do governo do Estado à entidade que administra o serviço, a Associação Reabilitar. O presidente, Benjamin do Vale, declarou que desde a fundação o repasse ao CEIR é de R$ 380 mil mensais. Um levantamento da Controladoria do Estado e da Secretaria de Saúde constatou que seria preciso mais R$ 200 mil para o órgão manter os serviços que existem hoje.
A Associação declarou que já estuda como reduzir os serviços. Benjamin declarou que terá que “adequar” os serviços ao repasse recebido e tentar manter os empregos dos funcionários ligados à Reabilitar.
“Mas vamos lutar por este Centro, para que a população não volte a sofrer sem atendimento adequado”, comentou.
Filho
A deputada estadual Rejane Dias, idealizadora do serviço, declarou que o CEIR é como um filho.
“Fui informada na manhã de hoje sobre a redução dos serviços e não posso deixar que isso aconteça sem fazer nada. Há dois anos negociamos este repasse e agora, que a situação se tornou quase incontornável, precisamos pela última vez pedir ao governo do Estado para não permitir este retrocesso para o saúde do Estado e às pessoas com deficiência. Caso contrário, foi fazer o que for possível por ele”, comentou a deputada.
Pedido
A aposentada Cleonice Garcia Mendonça, de 75 anos, declarou emocionada que o CEIR foi responsável por sua sobrevivência.
“Perdi a perna com diabetes e estava em casa prostrada. Mas me trouxeram para cá e recebi uma perna nova, hoje caminho e até a alegria eles trazem de volta para nós. Este é um presente de Deus para e não pode se acabar, pois vai deixar triste uma multidão de gente que precisa”, lamentou.
Por Mateus Noronha