Família da professora esperantinense que morreu em enxurrada fala pela 1ª vez sobre a tragédia
Familiares da professora Wana Sara Cavalcante, que morreu após ter o carro arrastado por uma forte correnteza nas obras da galeria da zona Leste, falaram pela primeira vez sobre o caso, em entrevista ao Notícia da Manhã, na TV Cidade Verde.
Bastante emocionados e ainda abalados com a tragédia, eles relembraram momentos vivenciados junto de Wana e fizeram um apelo para que a morte da professora sirva de alerta para as autoridades.
“A família tem consciência que realmente não foi um acidente, que foi negligencia foi descaso público”, destacou a irmã da professora, Wilsara Henrique.
Já o pai da professora, Francisco Henrique, fez um apelo ao poder público para que a morte da filha não seja esquecida e que sirva para mudar a postura das autoridades sobre a questão dos alagamentos.
“Tenho fé em Deus que isso não vai ficar no acaso, nessa morosidade, como vem acontecendo anos e anos. Que os poderes públicos comecem a agir e repensar as ações que têm que fazer, não só naquele local, mas em outros também”, alertou.
Quem foi Wana
Wilsara Henrique, irmã de Wana, destacou que ela era uma pessoa alegre e que era apaixonada pelo trabalho que desenvolvia junto às crianças.
“Minha irmã era uma pessoa muito alegre, muito trabalhadora, muito competente no que fazia, compromissada. Em tudo que ela ia fazer, ela tinha um planejamento. Era muito generosa, acreditava no ser humano, em um mundo melhor, principalmente para as crianças”, relatou a irmã.
Wana estava casada com Diogo Procópio há mais de um ano. O casal estava cheio de planos.
“A gente estava fazendo nossa casa, planejando ter filhos, a gente planejava viagens, a gente estava escolhendo reforma de apartamento. Isso há uma semana atrás. Agora, eu não sei. Eu quero só forças para continuar”, disse o marido da professora.
<iframe width=”790″ height=”437″ src=”https://www.youtube.com/embed/LoAGxho-WIU” title=”YouTube video player” frameborder=”0″ allow=”accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture” allowfullscreen></iframe>
O caso
Wana Sara teve seu carro arrastado pela correnteza durante uma forte chuva na noite do dia 04 de fevereiro. O veículo acabou sendo levado pela água até uma cratera no trecho das obras da galeria da zona Leste, nas proximidades da Avenida Homero Castelo Branco.
O corpo da professora foi encontrado na manhã do dia 06, nas proximidades do rio Poti, na região do Parque Floresta Fóssil, cerca de dois quilômetros distante do local do desaparecimento.
O caso gerou bastante comoção nas redes sociais durante o final de semana. Amigos e colegas de trabalho prestaram homenagens e lamentaram a morte precoce da professora, que era lotada na Secretaria Municipal de Educação de Teresina.
Também através das redes sociais, a prefeitura de Teresina emitiu nota de pesar em que afirma que Wana Sara era uma profissional dedicada e que contribuiu durante muitos anos com a educação do município.
Por Natanael Souza
Com informações do Notícia da Manhã