O promotor piauiense Benigno Filho a investigação policial confirmou a relação entre as mortes do empresário Fábio dos Santos Brasil Filho, ocorrida no dia 31 de março em Teresina, e do jornalista Décio Sá, no dia 23 de abril na capital maranhense. Benigno, em entrevista ao Notícia da Manhã, relatou como a quadrilha responsável pelas mortes atuava.
Ontem a justiça piauiense decretou a prisão preventiva de sete pessoas acusadas dos crimes. São eles: Jhonatan de Sousa Silva, Gláucio de Miranda Carvalho, José de Alencar Miranda Carvalho, Airton Martins Monroe, José Raimundo Sales Charles Júnior, o Júnior Bolinha, e Fábio Aurélio Saraiva Silva.
Um outro membro, Fábio Aurélio do Lago e Silva, o Buchecha, que teria sido o agenciador do pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva, não teve a prisão decretada.
Segundo Benigno Filho, a quadrilha do Maranhão tem ramificações no Pará e atuava nos crimes de roubo de carga, agiotagem com prefeitos e fraudes nas licitações de compra de merenda escolar.
“Fábio Brasil fazia parte dessa quadrilha e entrou em conflito com Bolinha e Gláucio. Então, Fábio veio para o Piauí, se instalou aqui, montou uma empresa no nome de um laranja. Veio uma equipe aqui cobrar o Fábio Brasil. Ele prometeu devolver mais de R$ 100 mil e não devolveu. Bolinha chegou para Gláucio e disse que o jeito era mandar matar. O Capita, que é oficial da polícia do Maranhão, foi quem forneceu a arma. Décio Sá era jornalista combativo e começou a divulgar a atuação da quadrilha e a fonte dele era Fábio Brasil. Fábio tinha interesse em divulgar as ações da quadrilha”, explicou.
O promotor elogiou o trabalho do delegado Edvan Botelho, que presidiu o inquérito. “A investigação desse caso abortou a instalação de uma quadrilha interestadual que iria cometer vários crimes no Piauí”, finalizou o promotor.
Por Leilane Nunes ]]>