EXCLUSIVO:Conselho de Sentença absolve mulher que matou recém-nascido em Esperantina
O Conselho de Sentença, formado por sete esperantinenses, absolveram nesta terça-feira (21/06), a ex-presidiária, Ana Paula Marques de 22 anos de idade, acusada de ter praticado o assassinato do próprio filho recém-nascido no dia 23 de novembro do ano de 2012 em Esperantina.
A ex-presidiária que chegou a ficar presa durante oito meses na Penitenciaria Feminina na capital piauiense, estava ultimamente cumprindo pena em liberdade provisória e foi defendida no júri popular desta terça-feira, pelo advogado esperantinense, Hamilton Coelho Resende.
Quem presidiu o julgamento de Ana Paula, foi o meritíssimo Juiz de Direito do Fórum Desembargador Walter Carvalho Miranda, Dr. Ulysses Gonçalves da Silva Neto.
Hamilton Resende ao conceder uma entrevista a equipe de reportagem do ##jornalesp.com disse que no processo não tinha nenhuma prova concreta contra a sua cliente.
Segundo o advogado a sua cliente pode ter sido cometida de uma depressão pós-parto e que acabou praticando o crime contra o proprio filho. Já o representante do Ministério Público, o Promotor de Justiça, Dr. Raimundo Martins Filho, atuou no julgamento como assistente de acusação.
Quem também prestou depoimento e declarou que nunca desconfiou que a sua filha estava gravida foi a aposentada, Maria das Dores, mãe da acusada.
Segundo a dona de casa, só soube do assassinato do seu neto pela boca dos populares.
Dona Maria das Dores, chegou a afirmar no seu interrogatório que a sua filha vem se tratando ultimamente no CAPS e toma remédio controlado.
A aposentada declarou ainda para as autoridades presentes, que chegou a ter nove filhos e foi obrigada a fazer um aborto no passado.
“Eu mesmo cheguei a praticar um aborto de um filho meu no passado”, disse a aposentada perante o Juiz.
Lembrando que A denuncia contra Ana Paula, no artigo 121, § 2º, II e IV do código penal brasileiro (homicídio qualificado), foi feita na época pelo representante do Ministério Publico Estadual no município, o Promotor de Justiça, Dr. Sergio Reis Coelho.
Entenda o caso
De acordo com algumas testemunhas, Ana Paula que deu a luz a um bebê, acabou partindo o mesmo no meio e apenas a parte superior foi encontrada por populares no interior de um terreno pertencente a Capela de São Tarcísio, localizada no Bairro Morro da Onça, situada na zona urbana de Esperantina.
Ana Paula, logo após o triste episódio foi presa e passou alguns dias recolhida em uma das celas da 13ª Delegacia de Policia Civil do município e posteriormente foi transferida para a Penitenciaria feminina de Teresina, onde chegou a passar oito meses presa.
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Esse foi um erro grave da ”justiça” hein. Não estou minimizando os efeitos dessa condição adversa que é a depressão pós parto. Mas isso tem que ser avaliado com muito critério. Tem que procurar saber o grau de depressão em cada caso e procurar saber se realmente tem fundamento tirar totalmente a responsabilidade da mulher pelos seus atos por causa dessa condição adversa. Familiares e o estado também deveriam ser responsabilizados pois não deram o amparo necessário para a mulher após o parto. Vale lembrar que não existe nenhuma pessoa nesse mundo que não sofre de algum transtorno em maior ou menor grau. E se cada pessoa for tentar justificar todas as besteiras que fizer por causa disso o mundo tá perdido. É mais complicado ainda quando não fazem uma investigação adequada e quando o processo não é conduzido de forma coerente. Tirem suas próprias conclusões.
tudo bem já que esta senhora esta doente então ela já esta em ternada ou esto erado porque nomeio da sociedade não pode fica ou esto erado