No primeiro semestre deste ano, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Piauí visitou seis hospitais regionais.
Em todos, eles foram identificados problemas semelhantes em decorrência da falta de investimentos. Tal situação faz com que todo o Piauí tenha como referência, na área de saúde, a capital Teresina. No entanto, a deputada Lucy Soares destaca que o serviço de saúde regional precisa ser priorizado a fim de garantir que a população tenha atendimento de qualidade em suas próprias cidades.
“Nas maiores cidades piauienses, como Floriano, Picos e Parnaíba, há hospitais regionais e eles são bastante procurados pela população. No entanto, o que os pacientes encontram são estruturas precárias, equipes médicas sobrecarregada e com salários atrasados, falta de medicamentos, ausência de equipamentos novos, demora nos atendimentos, dentre outras deficiências. Essa realidade precisa mudar! Para isso, é necessária a aplicação de mais recursos, a saúde deve ser uma prioridade”, disse Lucy Soares.
Além da falta de estrutura, os hospitais possuem déficits orçamentários para custeio das unidades de saúde. No município de Bom Jesus, na região Sul do Piauí, o hospital Manoel de Sousa Santos possui uma carência de R$ 50 mil. O local foi visitado no começo do mês de julho pela Comissão de Saúde.
Em maio, os membros da Comissão estiveram em Floriano, no hospital regional Tibério Nunes. Durante a visita, os diretores da unidade de saúde relataram a existência de uma dívida de R$ 7 milhões, além de um déficit mensal de custeio no valor de R$ 1,1 milhão.
Esses são apenas exemplos do quanto a rede de saúde estadual é carente de recursos. Até o mês de julho, foram visitados o Hospital Regional Tibério Nunes, Floriano; Hospital Regional Justino Luz; Picos; Hospital Regional Dr. Júlio Hartman, Esperantina; Hospital Regional de Campo Maior; Hospital Regional Manoel de Sousa Santos, Bom Jesus; e Hospital Regional Dr. João Pacheco Cavalcante; em Corrente. “Em todos eles, apesar dos esforços das equipes médicas, as situações estruturais são precárias”, reitera Lucy.
Ascom Parlamentar – Edição: Katya D’Angelles