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Delegado preso por corrupção terá que passar por exame de insanidade

claytondoce11A Justiça determinou que a Corregedoria da Polícia Civil do Piauí suspenda todos os processos administrativos contra o delegado Clayton Doce Alves Filho, até que uma perícia constate de ele possui sanidade mental para responder pelas acusações.

A decisão não coloca em liberdade o delegado, preso no dia 19 de março acusado de de peculato, falsificação de documentos e corrupção ativa.

Ex-delegado nos municípios de Piripiri e Campo Maior, Clayton Doce já respondia a três processos administrativos antes de sua prisão ser decretada. Em maio do ano passado, ele recorreu, com sucesso, da decisão que o afastava das funções – uma liminar foi concedida e o processo continua tramitando.

Entre as acusações contra o delegado estão desvio de energia e fraude em prestação de contas. A Corregedoria pede a expulsão de Clayton Doce da corporação.

Veja a íntegra da decisão

A defesa do delegado afirma que Clayton Doce desenvolveu depressão e esquizofrenia, constatadas em perícia médica, que lhes renderam licenças para tratamento de saúde. Os argumentos foram aceitos pelo juiz Aderson Antônio Brito Nogueira, juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Teresina (PI).

 “Constato, pela documentação acostada, que o suplicante está sendo submetido a processo administrativo disciplinar que pode resultar em sua demissão, bem como que o interessado não possui capacidade plena para a prática dos atos da vida civil, conforme mostram os laudos periciais. Na realidade, a perícia comprova que o autor contraiu doença mental após a instauração do processo administrativo, devendo, portanto, o mesmo ser suspenso até que se conclua o exame de sanidade mental”, diz a decisão do juiz.

Por Fábio Lima

 

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