O delegado Mamede Rodrigues, titular do 5º Distrito Policial, pediu a quebra do sigilo telefônico de Fernanda Lages Veras, encontrada morta na manhã desta quinta-feira (28) nas obras da nova sede do Ministério Público Federal. A solicitação foi motivada por não existirem registros de chamadas realizadas horas antes do crime no telefone celular da vítima. A estudante de Direito foi achada com marcas de golpes de barra de ferro na cabeça, o braço fraturado, unhas quebradas e outros indícios de que teria tentado se defender de um homicídio.
Mamede Rodrigues informou que o celular de Fernanda possui registro de chamadas discadas horas antes do crime, mas nenhuma perto de 4h20min, horário do qual ela saiu de um restaurante na avenida Miguel Rosa, Centro/Norte de Teresina. Não existem registro das chamadas atendidas. O delegado também afirma não ter suspeitos do crime.
Delegado Mamede
Nesta tarde, o delegado ouviu Pablo Vital, 23 anos, ex-namorado da jovem. Eles passaram cerca de oito meses juntos e teriam terminado o relacionamento há três meses. Sua irmã, Daniele Vital, foi com os pais até a delegacia e confirmou ter chegado em casa no mesmo horário que o irmão, por volta de 22h, e que ele não saiu depois disso. Segundo ela, Pablo é muito caseiro e não costuma sair muito à noite, um dos motivos para que o relacionamento não prosperasse. Daniele contou ainda que a amizade com Fernanda continuou após isso, tanto que as duas trabalhavam no mesmo shopping e uma dava carona para a outra.
Pablo contou ao delegado que falou com Fernanda na noite de ontem, por volta de 21h, pessoalmente na faculdade, mas o assunto não foi divulgado. O depoimento se estendeu por conta de um problema no computador que registrava os relatos do ex-namorado. O delegado não colocou Pablo como suspeito.
O delegado já sabe que Fernanda, ao sair do restaurante, seguiu pela Avenida Miguel Rosa até chegar a Rua Pires de Castro, entrando em seguida na Avenida Frei Serafim com destino a Avenida João XXIII. Ela deixou o bar por volta de 4h20min e foi encontrada por um vigia da obra às 5h30min, na mudança de turno.
Enquanto o depoimento de Pablo era tomado, Cassandra Lages, tia da vítima, chegou acompanhada de outros familiares e entrou na sala para acompanhar as declarações. O delegado a recomendou que não conceda entrevistas.
Fonte: Cidade Verde
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