CORRUPÇÃO: Mal que tem origem nos hábitos cotidianos
Postei recentemente neste Jornal algumas semanas atrás uma leitura crítica sobre a prática do Nepotismo. Muitos leitores, provavelmente, pensaram que tal análise se referia a ato de corrupção, e acertaram, pois o Nepotismo é uma das formas de corrupção.
Conforme Gianfranco Pasquino, corrupção é a prática ilegal de funcionário público se beneficiar ou favorecer a outro com bens públicos de modo não legal. Nessa noção, a corrupção estaria restrita ao setor público, mas veremos, logo adiante, que não é bem assim, uma vez que, no Brasil, esse mal se tornou parte da cultura social.
No âmbito do estado (setor público), segundo o cientista político italiano Norberto Bobbio existem três modalidades de corrupção: o nepotismo, que consiste da prática de gestor público empregar parente em instituições estatais, em prejuízo do mérito dos cidadãos; a peita, gratificação ilegal em dinheiro ou presente dado como suborno a um funcionário público, ou de funcionário publico a um cidadão em troca de algo ilícito – a chamada propina; e o peculato, crime do desvio de verba, do furto de dinheiro ou bem móvel apreciável por parte de funcionário público, em proveito próprio ou de terceiros. Resumindo, corrupção, strictu sensu, é o ato de empregar parente sem concurso no setor publico, receber ou dar gratificação em forma de suborno e desviar dinheiro público em beneficio próprio ou para terceiro.
Não obstante, existem outras formas de corrupção, por exemplo: funcionário – seja ele secretário, diretor, coordenador ou chefe – que utiliza a estrutura pública em beneficio próprio, usa o carro que dirige para levar o filho à escola, pegar ou deixar parente em algum lugar, fazer viagem de caráter pessoal, usa o veículo em final de semana sem estar em serviço, recorre a funcionário em horário de trabalho para fazer serviço pessoal, utiliza material público (papel, impressora, computador, etc.) em serviço pessoal, etc. Todos esses atos no setor público caracterizam corrupção.
Porém, as mesmas práticas, no setor privado, são lícitas, não configuram ato de corrupção. É o caso, por exemplo, de um empresário que pode nomear seu filho como diretor de sua empresa, e este pode utilizar o carro da empresa em atividades pessoais e familiares, recorrer ao material da empresa para serviço próprio e não há nada de corrupção nesses atos porque se trata de uma instituição privada.
O que denota, então, um ato de corrupção é o fato dos recursos, dos bens, dos funcionários e o material serem bens públicos, da sociedade, de uma coletividade de cidadãos e não de um dono. Por isso determinada prática no setor privado não se caracteriza corrupção, mas no setor público o mesmo ato é nítida corrupção.
A prática de corrupção, como assinalada acima, tem raízes fincadas na cultura social através de pequenos (quase insignificantes) hábitos do dia-a-dia dos cidadãos, como: um aluno que não estudou ou se estuda não sabe um ponto específico do conteúdo da prova e no dia da avaliação pratica a conhecida “pesca”; um outro aluno que responde presença pelo colega ausente na sala de aula; um taxista percebendo que o passageiro não conhece o local de destino faz o percurso mais longo para ganhar mais; o cidadão que num determinado estabelecimento comercial recebeu o troco maior e não devolve, ou mesmo o caixa percebe que o cliente passou-lhe dinheiro a mais e não devolve troco. Todas estas práticas comuns no dia-a-dia das pessoas pavimentam a larga estrada da corrupção no setor público.
E soma-se a essas atitudes indesejadas o “famoso” e abominável hábito brasileiro do jeitinho, do se dar bem, do ser esperto, etc. Num total desrespeito as regras, as normas, os preceitos de se viver em sociedade civilizada. A sociedade, nesse caso, seja local ou nacional, torna-se ambiente de salve-se quem puder, pois vale a lei do mais forte. E ainda existem justificativas (esdrúxulas) para essas situações, como estas: pouca farinha meu pirão primeiro; besta é aquele que no setor público não aproveita; e se os outros fazem, porque não eu.
Viver de modo honesto e coerentemente numa sociedade com essa “filosofia” reforçando a cultura social e política é um desafio, pois os indivíduos são induzidos aos atos de corrupção, de oportunismo e de dar-se bem. Assim dessa maneira, a honestidade exigir do cidadão exercícios diários de uma conduta ética.
Corrupção, portanto, não é só roubar dinheiro público, empregar parente na gestão estatal, fraudar licitações, favorecer correligionário, é também furar a fila, roubar a vez do outro, pescar na avaliação e favorecer amigo em detrimento de outros.
Por Francisco Mesquita – Professor Esperantinense.
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Muito esclarecedor este texto. Gostei muito da abordagem.
Como diz a Bíblia: “Quem não é fiel no mínimo, não é no máximo.”
São nossas atitudes nas pequenas coisas que mostram como será nas grandes. Muito bom mesmo. E que todos nós possamos repensar nossos atos.
Um abraço e continue postando mais textos.
Corrupção tambem é ganhar 12 mil reais em 2 dias fazendo reunião na secretaria de educação que nunca saiu do papel e sem finalidade alguma, ou seja, foi o que o senhor fez. FALA SERIO RAPAZ, SAI PARA LÁ COM ESSES SEUS COMENTÁRIOS, DE FILÓSOFO DE ARAQUE BASTA UM PSICOPATA QUE NOS GOVERNOU E ACABOU COM NOSSA CIDADE
É mais um corrupto que se incomoda quando alguem tenta esclarecer o povo… por isso temos uma sociedade de araque, não é fernando torres…
Esse Mesquita recebeu da Prefeitura Municipal de Esperantina 13 mil reais em apenas dois dias e agora vem falar de CORRUPÇÃO.FALA SÉRIO RAPAZ.AGORA É 13 DEIXA O HOMEM TRABALHARRRRRRRRRRR.HAHAHAHAHAHA(OU MELHOR AGORA É 40 E CONTINUA COM OS MESMOS PETTISTAS NO PREFEITURA AJA CORRUPÇÃO)
Não tape o sol com a peneira “TOTE ARISTIDES”, não fui eu que ganhei os 12 mil sem fazer nada, e sim o nobre professor mesquita, ta na camara para todo mundo ver, poderia fazer um comentário a respeito disso tambem ou que me parece vocês são farinha do mesmo saco, ou seja, perderam a boquinha quando o chico tava e agora estão roendo. saibam que pessoas como você e esse mesquita fora o responsável pela queda do chico. SERÁ SE ELE VOLTAR VAI DAR VALOR A PESSOAS COMO VOCÊS AINDA. QUEM VIVER VERÁ.
Lamento pelo desconhecimento do Sr. Fernando Torres. Ele fala sem ter conhecimento dos fatos, talvez, apenas por ouvir dizer por outras pessoas também sem informação. Se quer debater sobre o que a prefeitura faz ou deixa de fazer, paga ou deixa de pagar alguém, entre com processo na justiça que é o lugar adequado para discutir isto. Do contrario, Sr Torre, você poderá ter que provar na justiça o que escreve. Você não leu o que diz está na câmara, não leu o diário dos municípios sobre a licitação dos serviços contratados do professor, você não prova que ele trabalhou dois dias e ganhou 12 mil. Cuidado torre porque o professor poderá entrar com processo de calunia e mentira contra você. Primeiro se informe para depois escrever, aliás, escrever não, xingar as pessoas como está fazendo. Se você tá tão interessado nisso vá na prefeitura e solicite informação para não escrever mentiras, como você está fazendo. Mentiroso. Vá estudar para escrever seriamente e não xingar as pessoas.
Muito bonito o texto da admiravel guru, gostei bastante, todas as irregularidade que o teachers coloca são praticadas pelo partido politico do PT que ele faz parte e ora por aliados, vejamos: trafico de influencia Palloci, usar carro do municipio, usar cobustivel municipio com motorista para fazer curso em Teresina, Santana: Aproveitar dos objetos do municipio , Sampaio: Prefeito cassado do PT de ESperantina, Chico Preto: etc etc etc Muito obg professor pelos esclsrecimentos. Deixa o Janio trabalhar professor.