Corpo do co-Piloto esperantinense que morreu vitima de trágico acidente aéreo será sepultado na cidade de Iporanga em São Paulo
Pai de Humberto de Campos Alencar e Silva contou que o filho era apaixonado por Iporanga (SP) apesar de não morar lá.
O copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva, uma das 62 vítimas da tragédia aérea em Vinhedo (SP), é velado nesta segunda-feira (12) em Iporanga, no interior de São Paulo.
O Pai dele contou que o local da despedida foi decidido pelo filho ainda em vida, pois Humberto era apaixonado pelo município do Vale do Ribeira, apesar de não morar lá.
“Ele sempre falou isso: ‘pai, não esqueça. Quando eu morrer, eu quero sepultado em Iporanga’. Falou várias vezes, para mim, aos irmãos, para esposa”, afirmou Bernardo Pereira da Silva, de 87 anos.
Morador de Jandira (SP), Humberto, de 61 anos, é velado na manhã desta segunda-feira (12) na Câmara Municipal de Iporanga e será sepultado no cemitério da cidade. Segundo Bernardo, o piloto passou a frequentar a cidade aos 9 anos, quando a família comprou um imóvel em uma área rural.
“Moro nessa propriedade há oito anos, mas tenho há 52 anos. […]. Desde a compra, ele me acompanha, me acompanhou durante toda a juventude e adolescência. Por esse motivo, tinha um profundo respeito e amor por essa cidade, como eu tenho também”, explicou o pai.
De acordo com ele, Humberto tinha um quarto no imóvel, que visitava com frequência.
“Sempre, sempre, sempre que ele estava de folga, ia lá para junto de mim. Tem funcionários, mas eu moro sozinho lá, então ele ia com a esposa. Tinha uma paixão extraordinária pela propriedade, pelo lugar, pela região”, relembrou o pai.
Cidade
Com pouco mais de 4 mil habitantes, Iporanga foi descrita como uma cidade “fascinante” por Bernardo, que passou o amor ao filho.
“Tem 1.160 km² de floresta, 90% é floresta primária, então é muita água e muito palmito-juçara. Você anda dentro da floresta, tem encanto e a vontade é de não sair mais dela. Para ele [Humberto], a natureza era tudo, como é para mim e tem que ser para todo ser vivo”.
Deixou um grande legado
De acordo com o pai, Humberto deixou um grande legado entre os moradores de Iporanga, pois fez muitas amizades durante os anos de visitas frequentes ao município.
“Todo mundo conhece o meu filho. Ele tinha duas coisas importantes na vida: ser um bom piloto e um construtor de amizade e confiança. E ele foi”, afirmou.