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Coordenadoria do TJ vai acelerar processos de adoção

adoção de criançaUm dos temas da audiência pública na Assembléia Legislativa para discutir a violência contra a criança e adolescente foi a necessidade de aceleração dos processos de adoção familiar. Um passo importante neste sentido será a criação da Coordenadoria da Infância e da Juventude, ligada ao Poder Judiciário do Estado, que terá psicólogos e assistentes sociais para acompanhar e dar mais celeridade a cada caso.

A diretora do Centro de Reintegração Familiar e Incentivo a Adoção (Cria), Francimélia Nogueira, parabenizou a atitude do TJ em montar uma estrutura capaz de enfrentar a morosidade que impede centenas de menores a ter uma vida familiar, deixando-os durantes vários anos alojados em abrigos. “O que precisamos é isso mesmo: mais profissionais e órgãos para acompanhar e resolver a liberação de crianças para a adoção e o acolhimento por uma nova família. Este é um importante passo neste sentido, mas precisamos aumentar mais ainda este esforço”, completou.

Durante a audiência, ela declarou que no Piauí a média de tempo para a adoção de uma criança é de 4,8 anos. Citou o caso de um garoto que chegou ao abrigo com 3 dias de vida e hoje está com 15 anos sem estar sequer liberado para a adoção. Isto porque, as tentativas de reinserção à família original e a falta de profissionais para acompanhar cada passo provocam grande morosidade aos processos.

O excesso de tempo para destituição das crianças e consequente adoção também dificultam o acolhimento por uma nova família, pois a maioria prefere adotar bebês ou crianças com até dois anos. Outro problema é resultante da falta de afetividade e do vínculo familiar que afetam diretamente aos órfãos, que reduzem a auto estima das crianças e provocam distúrbios de comportamento.

Por este motivo, o Cria realiza uma programa chamado Família Acolhedora, onde crianças em processo de destituição ou adoção ficam sob a guarda de famílias temporárias. “O fato de estar em família traz um imenso ganho para a vida destas crianças”, completou Francimélia.

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