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Com reeleição de Obama, Brasil e EUA devem estreitar parcerias

A reeleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos deve facilitar no avanço de parcerias entre o Brasil e os Estados Unidos, segundo especialistas.

Mas, a suposta predileção de Dilma Rousseff pelo democrata –que não foi oficial, embora a presidente tenha expressado seu desejo durante encontro com Obama em abril– pouco tem a ver com as inclinações políticas do presidente americano. Tampouco Obama deve priorizar as relações com o Brasil.

A vantagem está no fato de o Brasil já ter estabelecido um diálogo maduro e cordial com o atual governo americano.

“O Brasil já conhece Obama e tem uma relação cordial com seu governo. Existe um patamar mínimo para o avanço em parcerias como, por exemplo, na questão dos biocombustíveis como o etanol. Podemos, talvez, estabelecer um intercâmbio comercial mais volumoso”, afirmou Paulo Pereira, coordenador do curso de Relações Internacionais da PUC-SP.

Para o professor Geraldo Zahran, coordenador do Observatório Político dos Estados Unidos (Opeu), a realação entre os dois países vai além do dialógo entre os dois governos.

“A relação Brasil-EUA está se adensando cada vez mais, não só no nível do governo, mas entre as empresas, organizações da sociedade civil, cidadãos, turistas indo para os dois lados”, considera Zahran.

De acordo com uma fonte do Itamaraty ouvida pela BBC Brasil, o primeiro mandato de Obama foi um período positivo para as relações bilaterais também por ter preservado e ampliado os mecanismos de cooperação criados a partir do governo de George W. Bush. Hoje os dois países têm 25 áreas de cooperação e diálogo estabelecidas.

“O que aconteceu de muito importante durante o governo Obama foi o reconhecimento do Brasil como um parceiro global”, diz a fonte. “Um diferencial hoje na relação EUA-Brasil é a confiança mútua. Existem muitas diferenças, mas hoje se lida com elas de uma forma madura.”

COMÉRCIO

Com a reeleição de Obama, o Brasil pode, inclusive, melhorar relação em algumas áreas e equilibrar a balança comercial. Hoje, o Brasil importa mais dos EUA do que exporta, comprando US$ 24 bilhões ao ano e vendendo US$ 20,6 bilhões.

VISTO

Os dois países têm tido trocas constantes na área acadêmica, com o programa Ciência Sem Fronteiras, e na questão dos vistos de entrada e saída. A emissão de vistos para brasileiros foi facilitada e agora estuda-se a isenção da exigência para turistas nos dois países, medida que ainda deve demorar um pouco para ser tomada.

Dilma cumprimenta “o povo americano” e Obama pela reeleição

Brasília, 7 nov (EFE).- A presidente Dilma Rousseff enviou nesta quarta-feira uma “saudação” ao “povo americano” e ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por sua reeleição nas eleições de ontem.

Ao participar da abertura de uma conferência contra a corrupção, promovida pela ONG Transparência Internacional (TI), a presidente disse que que aproveitava “a oportunidade para enviar uma saudação” tanto ao “povo” dos Estados Unidos como ao próprio Obama.

A menção foi recebida com aplausos pelos 1.400 delegados de 135 países que participam a partir de hoje da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (IACC, na sigla em inglês).

Fontes oficiais disseram à Agência Efe que essa foi uma “primeira saudação” de Dilma a Obama e que a chefe de Estado pretende se comunicar hoje mesmo por telefone com o líder americano para dar os “parabéns” e manifestar o desejo de ampliar ainda mais as “excelentes relações” que existem entre ambos os países.

No comércio, o principal ponto de conflito que permanece é na disputa sobre o algodão. O Brasil aguarda a renovação da Farm Bill americana –a lei que regulamenta os subsídios agrícolas– para ver se os EUA reduzirão os subsídios ao algodão, conforme prometido.

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