Cirurgião que denunciou Arimateia foi processado por erro médico, mas fez acordo de R$ 90 mil
O cirurgião plástico Alexandre Andrade Souza, que denunciou o jornalista Arimateia Azevedo, resultando na sua prisão, foi processado por erro médico em Brasília por uma mulher.
O caso em questão resultou numa matéria no Portal AZ e de uma suposta extorsão, alvo de ação policial do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) que prendeu também o professor Barreto, da Universidade Estadual do Piauí, apontado por envolvimento do caso.
Arimateia Azevedo divulgou no seu portal o caso do erro médico em janeiro deste ano.
Emanuela Dourado Rebelo Ferraz entrou com uma ação contra Alexandre e o valor da causa era R$ 150 mil.
A reportagem obteve informações de que durante uma cirurgia plástica, o médico esqueceu uma gaze no seu corpo.
A petição inicial data de 14 de janeiro de 2020, mas o médico e Emanuela entraram num acordo, em que ele se comprometeu a pagar R$ 90 mil para que o processo fosse extinto.
Segundo documentos obtidos pela reportagem, o cirurgião fez um depósito no dia 15 de janeiro pagando o acordo em uma única parcela.
“Em face da inexistência de interesse recursal, certifique-se, de imediato, o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se”, citou a sentença do juiz Jayder Ramos de Araújo.
Após o acordo entre as partes, a ação por erro médico foi extinta.
Sobre a prisão de Arimateia Azevedo
A Polícia Civil do Estado do Piauí deflagrou operação na manhã desta sexta-feira, (12/06) e efetuou a prisão de duas pessoas em Teresina, entre elas o jornalista Arimateia Azevedo.
Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva em desfavor do jornalista e um professor universitário.
Arimateia, que é dono do Portal AZ está sendo investigado pelo cometimento de crime de extorsão, na forma qualificada, praticado contra o médico. O segundo preso se trata do professor Barreto, da UESPI, que prestou auxílio ao jornalista na prática delitiva, agindo como coautor, segundo apontam as investigações.
A operação foi desencadeada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado, Greco. De acordo com o coordenador do Greco, delegado Tales Gomes, a polícia civil também cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços residenciais dos investigados e no portal de notícias de propriedade de Arimateia.
A empresa de Arimateia também esta sendo investigada por receber pagamentos indevidos do Estado do Piauí sem possuir regularidade fiscal, usando, para tanto, documentos fabricados. Essa última investigação está a cargo da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR).
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