Cidades

Ex-jogador de Piripiri morto é homenageado em cemitério com música de Raça Negra e cervejas

Amigos e familiares do ex-jogador Dilson de Carvalho Santos, que morreu de infarto ano passado, resolveu homenageá-lo de uma forma inusitada.

Ontem, no dia em que completaria 48 anos, se fosse vivo, uma amiga para comemorar o aniversário de Dilson, levou uma caixa de som para o cemitério, quatro garrafas de cervejas e velas. Lá, ela tocou canções do Raça Negra, banda que o ex-jogador era fã, e bebeu ao lado da sepultura comemorando seu aniversário que ocorreu ontem (20).

Dilson Santos foi uma figura famosa na cidade de Piripiri (a 157 km de Teresina), sua terra natal. Ganhou notoriedade como lateral esquerdo do 4 de Julho, time que defendeu de 1989 a 1993, chegando a ser bicampeão piauiense. Durante treino, fraturou o perônio (osso da perna) e teve que encerrar de forma precoce a carreira profissional.

A ideia da homenagem, que viralizou na internet, foi da cunhada de Dilson, Eronildes Gomes, 35 anos,. Ela contou ao portal Cidadeverde.com que sempre comemorou aniversário do ex-jogador ao lado dele e não queria que a data passasse em branco. Outro incentivo foi um sonho “estranho” que segundo ela, teve com Dilson antes de seu aniversário.

“Resolvi comemorar do jeito que ele gostava, com músicas do Raça Negra, cervejas, numa homenagem. Tomava um gole de cerveja e jogava outra pra ele. Até perdi perdão para Deus, mas pecado é exagerar e não exagerei. A oração era para ser antes, mas foi depois que bebemos pra não esquentar a cerveja”, brinca Eronildes.

Ela lembra que Dilson era uma pessoa muito amiga, extrovertida e gostava de comemorar seu aniversário.

A comemoração de Eronildes foi também aprovada pela irmã de Dilson, Dirce Maria de Carvalho Santos, 50 anos. Ela conta que o irmão teria gostado da ideia.

“Ele não gostava de tristeza, dizia que quando morresse não queria ver ninguém triste. É uma homenagem bem-vinda e ele iria gostar”.

Dilson Santos faz parte da família que criou a banda “Dragões”, bastante conhecida em Piripiri e ele morreu no dia 26 de junho do ano passado. Estava de plantão no trabalho, era segurança da Prefeitura de Piripiri, quando sentiu mal, chegou a ser internado, mas não resistiu e morreu. O seu sepultamento também chamou atenção. O cortejo foi também com músicas da Raça Negra e muita comoção.

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 Por Yala Sena

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