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Ceir inicia produção de órteses personalizadas para crianças

Superintedente Aderson LuzO uso de uma órtese pode não ser aceito facilmente por uma criança. Apesar de o aparelho ortopédico auxiliar na reabilitação física-motora, sua utilização está completamente ligada à autoestima do paciente.

Pensando nisso, o Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) iniciou, nesta semana, a produção e confecção de órteses personalizadas para crianças de 0 a 14 anos atendidas pelo Centro.4ac6c83d64_media

Paciente Gabriel AlmeidaO pequeno Gabriel Almeida, de nove anos, adorou a novidade. Ele conta que escolheu a estampa de carro.

“É muito legal, porque antes eu só usava aquela comum. Agora eu posso escolher vários desenhos, de várias cores”, conta, animado. Gabriel usa órtese desde o seu primeiro ano de vida.

“Ele nasceu com pé torto congênito, uma deformidade nos pés, e, devido a isso, precisa usar órtese para a correção. Está animado para sair andando com estampas de carro em seus pés”, comenta sua mãe, a dona de casa Fernanda Gino.

Segundo a psicóloga infantil do Ceir, Vanessa Ferry, a figura estampada é um elemento para inserir o uso da órtese no universo da criança.

“Por ser um aparelho externo ao corpo, o uso da órterse, na maioria dos casos, provoca uma recusa da criança. Ela se sente diferente das demais. Isso interfere diretamente em sua socialização e, principalmente, autoestima”, explica.

Vanessa Ferry ainda explica que o envolvimento da criança no processo de confecção da órtese, na escolha da estampa de sua preferência, possibilita uma maior aceitação do uso do aparelho ortopédico.

“A criança passa a ver a órtese como algo interessante, que os outros não usam. E, o que era diferente, passa a ser uma novidade e vantagem”, pondera.

Antes da novidade, o paciente Marcos Vinicius, de cinco anos, era exclusividade no Ceir. Isso porque seu tio personalizava suas órteses com adesivos. A mãe do pequeno, Marília Amorim, comenta:

“Como o Ceir só confeccionava aquelas órteses tradicionais, nós colocávamos adesivos nas órteses do Vinicius. As outras crianças achavam o máximo”, finaliza.

Humanização do atendimento

Há quase sete anos ofertando serviços de reabilitação física motora de pessoas com deficiência em todo o Piauí, uma busca contínua do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) é a humanização do atendimento.

Questionado sobre o porquê da produção e confecção de órteses personalizadas, o superintendente multiprofissional do Centro, Aderson Luz, explica:

“O nosso principal intuito é humanizar os serviços que oferecemos. Uma órtese personalizada pode ser nada demais para uma pessoa que não a precise usar, mas, em especial, para uma criança, figuras de animais e paisagens, por exemplo, acrescentam a alegria ao aparelho ortopédico”, frisa.

O aparelho é oferecido gratuitamente pelo SUS e produzido pela Oficina Ortopédica do Ceir.

CCOM

 

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