A polícia fará teste de som para detectar se os vigias ouvidos no Caso Fernanda Lages mentiram ou falaram a verdade em depoimento. A estudante de 19 anos foi encontrada morta na manhã de 25 de agosto na obra da futura sede da Procuradoria Regional da República em Teresina. Com um medidor de som, será possível saber se barulhos ou gritos da estudante poderiam ou não ser ouvidos por vigilantes no dia do crime.
O vigia da obra declarou em depoimento ter visto um vulto, mas não ouvido gritos. Os envolvidos na investigação encaram o vigilante da obra da Procuradoria, da obra do Tribunal Regional do Trabalho, que fica ao lado, e do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem, também vizinho ao local do crime, como peças fundamentais no inquérito.
De acordo com informações dois celulares foram achados na cena do crime, e não apenas um. Dos aparelhos, que seriam da vítima, um estava bastante danificado. A polícia pediu a quebra do sigilo telefônico dos dois aparelhos.
O promotor criminal João Mendes Benigno Filho, indicado pelo Ministério Público do Piauí para acompanhar o caso, disse que é precipitado falar em qualquer hipótese.
Benigno acrescentou que os laudos cadavéricos e da perícia no local do crime devem ser concluídos nesta semana e são decisivos para esclarecer o crime. O promotor já esteve com peritos no Instituto de Criminalística para acompanhar o caso. A intenção é que o inquérito seja concluído até mesmo antes dos 30 dias de prazo, sem necessidade de se solicitar prorrogação. Quatro delegados trabalham no inquérito.
Outro trabalho realizado na região é o de varredura em todos os prédios da Avenida João XXIII para verificar a existência de qualquer tipo de gravação. A Polícia Federal tem contribuído nesse sentido.
O promotor garantiu que tanto o Ministério Público quanto a polícia não irão encobrir qualquer pessoa que realmente esteja envolvida na investigação. Ele ainda pede a ajuda da população. Se alguma pessoa viu Fernanda na Avenida João XXIII, ou entrando na obra, ou alguém que tenha visto um carro na casa do vigilante, dado especulado e ainda sem confirmação, procure o MP ou a polícia. A identidade será preservada, a pessoa não precisa ir até a delegacia para ser ouvida e será tratada como informante, sem necessidade de ter seu nome no inquérito.
Fonte: Cidade Verde]]>