O relatório a ser produzido pela Polícia Federal ao fim da investigação do Caso Fernanda Lages será conclusivo e trará os nomes dos culpados. É o que diz o promotor de Justiça Eliardo Cabral, que não admite outra tese senão a de homicídio.
“Trabalhamos já com grupos de suspeitos, de tal modo que agora é inevitável que venha o relatório trazendo os nomes dos indiciados. Isso é fora de dúvida”, afirmou o promotor em entrevista a uma emissora de TV.
Eliardo comentou, ainda, a notícia publicada por O DIA, com exclusividade, na última segunda-feira (28), de que o delegado federal que investiga o caso, conhecido como Freitas, já possui elementos suficientes para apontar dois autores do homicídio.
“Estamos esperando pelo menos três nomes, porque homicídio com autoria coletiva. Sabemos pelas perícias que já foram realizadas que pelo menos dois estiveram na cena do crime. Nós cremos na possibilidade de pelo menos mais um fora da cena, de forma que dois é um número razoável, mas estamos esperando mesmo é que venha o terceiro”, disse Cabral.
O promotor de Justiça Ubiraci Rocha explicou o fato de os dois delegados federais responsáveis pelo inquérito não se encontrarem mais em Teresina. Os dois estão em São Paulo. De acordo com o promotor, o delegado federal chamado Alberto, que iniciou as investigações, voltou a São Paulo assim que o delegado Freitas chegou a Teresina e assumiu o inquérito.
Agora, Freitas também se encontra naquele estado, porque foi resolver junto à empresa Nokia Brasil a restauração do aparelho celular de Fernanda. Ainda de acordo com Ubiraci, o delegado teve que se ausentar também em decorrência de problemas de saúde de familiares. “Na verdade, não houve abandono por parte da Polícia Federal em nenhum momento”, esclareceu.
Os promotores informaram, ainda, que os restos mortais de Fernanda devem ser trazidos de volta ao Piauí junto com os resultados dos exames periciais realizados no corpo da estudante em São Paulo e em Brasília.
Na manhã desta terça-feira (29), Cassandra Lages, tia da jovem, e o advogado da família, Lucas Villa, estiveram na sede da PF no Piauí para conversar com o delegado regional executivo da PF, José Olegário Nunes. Eles foram pedir que o corpo de Fernanda seja trazido de volta imediatamente.
O motivo é o estado de saúde do pai da jovem, Paulo Lages, que, segundo Cassandra, está deprimido e não passa bem. Antes de ir à PF, Cassandra entrou em contato com os promotores, que se comprometeram em interceder para que o retorno ocorra o mais rápido possível.
Fonte: O DIA