Resta apenas saber quem são, mas a informação, ainda que extraoficial, tem procedência: a equipe paulista da Polícia Federal que comanda o inquérito sobre a morte da estudante Fernanda Lages, pediu as prisões de Delegados da Polícia Civil. Basta saber quem poderia ser, verificando-se que na CICO atuaram quatro Delegados: Paulo Nogueira, Armandino Pinto, Thiago Dias e Robert Lavor. Sem falar no Delegado Mamede, do 5º. DP, que muitos acham que sabe algo mais sobre a morte da estudante, agiam por fora, hierarquicamente, o Secretário de Segurança, Delegado Raimundo Leite e o Delegado geral, James Guerra que publicamente avalizaram o que a CICO produziu.
Aliás, James Guerra chegou a dizer que se o resultado do inquérito da Federal fosse diferente do que pariu a Polícia Civil a responsabilidade seria totalmente sua. Não só neste espaço, mas conversando pessoalmente com o governador Wilson Martins sobre a entrada da Polícia Federal no comando do inquérito em torno da morte de Fernanda Lages, este jornalista fez ver que poderia haver um confronto entre as policias, uma prendendo a outra.
Pela fragilidade em substância do relatório apresentado publicamente pela Cico ficou evidente que além do que foi colocado, poderia haver muito mais a ser esclarecido. Portanto, as prisões solicitadas vêm ao encontro da tese de que não só provas foram excluídas como pode ter havido um grande conluio ou negligência dos que participaram ativamente do inquérito. Não causará surpresa, pois, se a Polícia Federal anunciar a qualquer momento os verdadeiros autores de tão covarde, hediondo, cruel assassinato.
Por Arimatéia Azevedo