A Polícia Federal parece estar cada vez mais próxima de um desfecho com relação ao Caso Fernanda Lages, que está prestes a completar sete meses sem elucidação. Mesmo sem a PF se pronunciar oficialmente, algumas revelações têm surgido no decorrer das investigações, principalmente após a prisão de uma amiga dela, Nayra Veloso, a Nayrinha.
Já há cinco meses no Caso Fernanda Lages, a Polícia Federal começa a entrar em detalhes que podem fazer chegar a uma conclusão. Anteriormente a Polícia Civil estava no caso, mas não conseguiu concluir se Fernanda foi assassinada ou se cometeu suicídio. Estudante de Direito, Fernanda Lages, 19 anos, foi encontrada morta por volta das 5h do dia 25 de agosto de 2011 no prédio em obras do Ministério Público, localizado na avenida João XXIII, zona Leste de Teresina.
Ninguém sabe até hoje o que realmente aconteceu naquela madrugada, do dia 24 para o dia 25/08 após Fernanda Lages ter passado a noite em baladas pela cidade e ter se despedido de amigos e amigas no Bar do Pernambuco. A Polícia Federal, no entanto, apura se Fernanda chegou a estar acompanhada de Nayrinha e um outro rapaz, ainda não identificado, na porta do prédio em obras em que foi encontrada morta, na madrugada do dia 25. As investigações garantem existir uma terceira pessoa.
TELEFONE CELULAR DO AMIGO
Na manhã desta quarta-feira (21/03) o apresentador Ieldyson Vasconcelos, do programa Bom Dia MN, da TV Meio Norte, noticiou que a PF foi até a faculdade onde estudava Fernanda Lages, Nova Unesc, e teria apreendido o telefone celular de um amigo de sala de aula. A reportagem apurou e conseguiu falar com o próprio amigo de Fernanda Lages. Ele chama-se Bruno Santana e aceitou falar sobre o que realmente aconteceu. Ele nega que seu celular tenha sido apreendido.
AGENTES DA PF FORAM PARA A NOVA UNESC
Bruno era amigo de pouco tempo de Fernanda Lages. Ela havia sido transferida do curso de Direito da Faculdade Santo Agostinho para a Nova Unesc no início de agosto, mais precisamente no dia 8. Ela sempre se sentava em uma cadeira da sala de aula perto da sua, com quem conversava sobre questões referentes à faculdade. Sabendo desta informação, dois agentes da PF foram até a faculdade e procuraram não só Bruno, mas outros amigos que estudavam na mesma sala de Fernanda. Eles queriam saber como ela se comportava na faculdade.
FERNANDA FEZ UMA LIGAÇÃO QUE ERA MISTERIOSA
É a partir de Bruno que a Polícia Federal descobre uma novidade até então ‘misteriosa’. Ela havia pedido a ele o seu telefone celular emprestado para fazer uma ligação. Ele cedeu o aparelho, mas não sabia para quem era. Fernanda se afastou e fez a ligação. Logo em seguida apagou o registro de ‘chamadas efetuadas’ do celular de Bruno. “Eu conversava sempre com a Fernanda, situações da faculdade. Não sabia que outras amizades ela poderia ter. Nos conhecíamos de pouco tempo. Aí, no dia 24, a noite, ainda na faculdade, ela me pediu o celular e eu emprestei. Fez uma ligação, sem eu saber para quem era, e depois me devolveu o celular já tendo apagado a ligação feita”, disse Bruno.
CICO JÁ SABIA; PF QUEBRA SIGILO TELEFÔNICO DELE
Segundo Bruno, a CICO (Comissão Investigadora do Crime Organizado do Piauí), da Polícia Civil, já sabia que ele havia emprestado seu telefone celular para Fernanda Lages um dia antes de ter sido encontrada morta. “Ainda quando as investigações estava sendo feitas pela CICO eu fui chamado para um depoimento na CICO e disse tudo isso que aconteceu. Eu falei que ela tinha me pedido o celular e depois apagado a ligação. Mas ficou nisso. Agora a Polícia Federal pediu para que meu sigilo telefônico fosse quebrado. Isso para poder descobrir para quem ela (Fernanda Lages) telefonou. Hoje (quarta-feira) pela manhã recebi a ligação de um agente federal dizendo que agradece a minha contribuição para as investigações e que já descobriu para quem ela telefonou. Só não me disse quem foi”. Na PF-PI os agentes não dão qualquer informação, mas como já sabe para quem Fernanda ligou antes de morrer, pode chegar a conclusão do caso em breve.
Fonte:180 Graus
