Nem é preciso ser perito para compreender a importância da preservação do local onde ocorreu uma morte. Os primeiros momentos são decisivos para a investigação e elucidação, coisa que lamentavelmente não aconteceu no caso Fernanda Lages, segundo a Polícia Federal ao pedir mais prazo para conclusão dos trabalhos.
Mas, quem foram as primeiras pessoas a chegar ao prédio em obras do Ministério Público Federal naquele 25 de agosto de 2011? Um deles foi um Policial Militar, o tenente coronel Almeida, do 8° BPM. À época ele chegou a dizer que seria fácil identificar os acusados. Logo em seguida foi transferido e entrou numa espiral do silêncio. Teria realmente ele recebido algum tipo de pressão?
São perguntas difíceis de responder. Também é razoável lamentar que o local não tenha sido preservado. Nos faz buscar outras respostas: faltou experiência aos policiais que primeiro lá estiveram? Qual o grau de comprometimento às informações técnicas da cena onde a estudante foi encontrada morta?
Se a Polícia Federal vai ou não apontar que houve crime e qual o culpado (ou culpados) talvez só daqui a mais 30 dias, quando encerra a prorrogação dada pelo Ministério Público.
Por Wesslley Sales
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