CASO FERNANDA LAGES: Agora novos nomes aparecem
Um operário identificado como Genilson Monteiro de Lima, responsável pelo almoxarifado da construtora Macrobase, empresa que cuida do prédio em obras do Ministério Público Federal, na avenida João XXIII, zona Leste de Teresina, onde foi encontrada morta a estudante Fernanda Lages, 19 anos, é a nova peça-chave das investigações do caso.
Ele teria chegado às 06h45min da quinta-feira, dia 25 de agosto, data em que Fernanda foi achada morta, minutos depois do crime (ou ‘não crime’) ter ocorrido. Foi um dos que primeiro encontrou o corpo da estudante. A Polícia chegou ao seu nome após uma investigação mais profunda. Por conta das informações que tem, Genilson Monteiro Lima é considerado para a CICO (Comissão Investigadora do Crime Organizado) um passo fundamental para elucidar o caso.
Além disso, a CICO também conseguiu apurar que depois que a estudante entrou no prédio do MPF, teria conversado com alguém, já que foram ouvidas vozes. As investigações apontam que José Francisco Feitosa, que também é funcionário da obra, chegou ao local por volta das 06h10min, sendo o primeiro homem que entrou na obra na manhã do dia 25 de agosto. José Francisco e Genilson tinham com função distribuir o café da manhã para os operários da obra.
Com a cobrança maior do Ministério Público, em nome da sociedade que tem criticado a demora em elucidar o caso, a Polícia vai afunilando cada vez mais as informações até chegar a um denominador comum. Além dos dois operários citados, a Polícia voltou a ouvir mais outros seis funcionários que chegaram logo depois na obra do MPF. Eles foram ouvidos no inquérito mesmo não sendo considerados suspeitos. Para a CICO, tudo faz parte de um imenso quebra-cabeça.
O delegado Paulo Nogueira, que preside o inquérito, pretende ouvir todos os operários que chegaram antes das 7h daquela manhã, inclusive um diretor do setor de pessoal da Macrobase. O objetivo desses depoimentos é saber se algum operário faltou ou se ausentou do serviço naquele dia. O vigia Domingos já prestou três depoimentos e em todos falou que a pessoa que viu entrar na área do TRT passou na direção do prédio da procuradoria por volta das 5h45 minutos, depois de ter aberto o portão e seguido na direção do longo muro que divide os dois terrenos. Domingos disse aos policiais que todos os dias, às 18 horas, fechava o portão, com uma corrente fechando por dentro com um cadeado. Somente às 5 da manhã, tirava o cadeado e deixava a corrente pendurada por dentro. Esse é o principal fato que leva a Polícia a acreditar que existia uma outra pessoa além de Fernanda Lages no local em que ela foi morta.
Fonte: 180 Graus]]>