O inquérito feito pela Polícia Federal sobre a morte da estudante Fernanda Lages Veras foi entregue na manhã desta terça-feira (25) para o Ministério Público Estadual analisar e decidir se o caso será arquivado ou se serão solicitadas novas diligências.
Após 11 meses de trabalho, a PF descartou a hipótese de homicídio e concluiu que a jovem teria cometido suicídio ou teria caído acidentalmente do 6º andar da obra de construção da sede do Ministério Público Federal (MPF), na Zona Leste de Teresina.
Os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha disseram em entrevista ao Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde, que o material é bem extenso e que irão analisar o inquérito de forma detalhada para então expor suas conclusões.
“Por enquanto não quero externar o que penso. De qualquer forma, venho observando que pelas manifestações da Polícia Civil existia uma torcida pra chegar a esse resultado.”, disse Eliardo.
Os representantes do Ministério Público falaram ainda sobre as ameaças da Polícia Civil de processar os promotores alegando exagero por parte de Ubiraci Rocha e Eliardo Cabral. Eliardo disse que não teme uma ação como esta e que o propósito de usar o poder judiciário como meio para atacá-los é uma atitude de afronta e de desrespeito.
Além disso, o promotor garante que não se sente intimidado com as ameaças. “A população já está cansada, massacrada e nós do Ministério Público não iremos desistir até resolver isso”, completa.
Os promotores afirmam ainda que não entraram em contato com a família de Fernanda Lages. Na última sexta-feira (21), em entrevista coletiva, o advogado Lucas Villa disse que iria buscar junto ao Ministério Público chegar a pontos comuns, que levassem à solicitação de novas diligencias para a elucidação do crime.
“Ainda não contatamos a família por que não tínhamos recebido ainda o inquérito, mas é interessante que se diga que o inquérito é destinado principalmente ao Ministério Público que o analisará de forma detalhada. No tocante a opinião da população, é inquestionável que em todos os lugares, como por exemplo, em redes sociais, recebemos 100% de apoio para o nosso trabalho.”, concluiu Ubiraci Rocha.
Fonte:Portal AZ
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