Os delegados da Polícia Civil, Robert Bezerra Lavor e Tiago Dias da Silva, entraram com duas ações judiciais contra o jornalista Arimateia Azevedo, diretor do Portal AZ, alegando danos morais. Lavor ajuizou ação na 7ª Vara Civel, e Tiago da Silva na 4ª Vara Civel de Teresina. Eles alegam que acusados injustamente pelo jornalista por sua atuação durante a investigação do caso Fernanda Lages.
Valendo-se dos serviços de um só advogado, Fábio Renato Bonfim Veloso, os dois delegados dizem que Arimateia Azevedo usou sua ‘fúria’ contra eles, e outros membros da polícia civil, ‘exigindo que as autoridades dessem ao caso o desfecho que o mesmo imaginava ser correto’.
De acordo com a ação, “durante meses a coluna serviu como palco de inverdades e acusações levianas quase que diariamente”. Para os delegados a conduta do jornalista tinha como objetivo ferir a imagem tanto dos delegados, quanto da Polícia Civil.
Já são três os delegados da Polícia Civil integrantes da CICO que processam o jornalista Arimateia Azevedo. O primeiro, foi o Delegado Geral James Guerra, que contudo não logrou êxito. O juiz Manoel Dourado, do Juizado Especial CIVEL ZONA LESTE, inocentou o jornalista entendendo que Azevedo não cometeu nenhum crime, agindo dentro do direito constitucional de informar a população sobre fatos relevantes.
Os delegados Robert Lavor e Tiago Silva usam os mesmos argumentos que James Guerra alegou em sua ação, dizendo-se difamado e injuriado, e que o jornalista Arimateia Azevedo teria sido leviano em expor sua imagem publicamente, mas o juiz
Manoel Dourado terminou por inocentar Arimateia Azevedo, conforme matéria abaixo.
Posição do Secretário
Tão logo as policias civil e federal concluíram o inquérito sobre a morte da estudante Fernanda Lages, os delegados da CICO ocuparam os meios de comunicação para ameaçar processar todos os jornalistas, mas o alvo era apenas Arimateia Azevedo que desde o inicio das investigações posicionou-se como crítico das ações atabalhoadas da policia civil, que terminou por apontar na conclusão do inquérito que houve apenas ‘morte violenta’ da estudante.
Enquanto os delegados se mostravam ameaçadores contra a mídia, o chefe deles, o Secretário de Segurança pública, Robert Rios Magalhães, chegou a passar-lhes uma reprimenda em público informando que a polícia não tinha que processar jornalistas que apenas cumpriam o seu papel de informar e opinar. Magalhães reconheceu que tantos os policiais , quanto os promotores envolvidos no caso, falaram muita bobagem, dando margem para as diversas especulações em torno do assunto.
Veja abaixo matéria relacionada a absolvição do jornalista Arimateia Azevedo no primeiro processo movido pelo delegado geral, James Guerra.
Juiz inocenta jornalista em ação movida pelo delegado geral
Fonte: Portal AZ