Apesar de já está afastado da chefia da CICO (Comissão Investigadora do Crime Organizado) durante o período em que aquela especializada assumiu as investigações da morte da estudante Fernanda Lages Veras, o delegado Bonfim Filho afirmou em entrevista nesta quinta-feira (29) que o excesso de especulações sobre o caso atrapalhou o trabalho da Polícia Civil do Piauí.
“Nesse caso da morte da Fernanda o que mais atrapalhou foi a grande quantidade de boatos. Eu já estava afastado da Comissão, não tive acesso a nenhum depoimento e tudo que fiquei sabendo foi através da imprensa. Muita gente tem suas convicções e parte da população não acredita no trabalho das polícias Civil e Federal, que apontou suicídio”, afirma Bonfim Filho em entrevista ao Balanço Geral da TV Antena 10.
O delegado, que permaneceu no comando da CICO por oito anos, disse também que acredita na possibilidade de acontecer uma reviravolta no Caso Fernanda, apesar das investigações tanto da Polícia Civil do Piauí como da PF não colocarem outra pessoa no local onde a estudante foi encontrada morta.
“Na minha opinião este é um caso que ainda não está encerrado. O próprio Ministério Público não se deu por satisfeito. Novos fatos ainda podem aparecer e apontar que houve um assassinato”, disse.
Em relação às críticas feitas à investigação da Comissão Investigadora do Crime Organizado neste caso, Bonfim Filho afirma acreditar no trabalho dos profissionais da segurança pública do Piauí.
“Não acredito que a polícia agiu de má fé. Nos oito anos que estive na comissão desbaratei quadrilhas, prendi delegados e policiais, nunca houve corporativismo. Por isso acredito que não houve nenhum tipo de influência”, conclui Bonfim Filho.
Fernanda Lages foi encontrada morta no dia 25 de agosto do ano passado, em um canteiro de obras localizado na zona Leste de Teresina.
Fonte: Portal Az
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