A Câmara de Teresina deve entrar com uma ação responsabilizando o Estado do Piauí pelo resultado das investigações da morte da estudante Fernanda Lages. No entendimento da vereadora Teresa Britto (PV), a falta de estrutura do Instituto de Criminalística pode ter prejudicado a elucidação do caso.
A Ação Civil Pública será protocolada no Ministério Público Estadual (MPE) pela “Comissão Força Tarefa”, grupo criado na Câmara para acompanhar o andamento das investigações. Documentos e relatos colhidos durante audiência pública – realizada pelo legislativo municipal no início deste mês – darão base ao documento.
“Vamos entrar com uma Ação Civil para responsabilizar o estado pelo resultado negativo apresentado pela Polícia Civil, que constatou apenas que a estudante foi morta de forma violenta. A Ação é justificável, pois todos tomaram nota sobre a situação precária do Instituto de Criminalística. Se nós possuímos estrutura na instituição, muitas provas seriam colhidas devidamente, fato que não ocorreu”, explica a vereadora Teresa Britto.
Fernanda Lages foi encontrada morta no dia 25 de agosto. A Polícia Civil investigou o caso ao longo de 60 dias. Ao fim do prazo legal do inquérito, a Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico) encaminhou um documento sem conclusões para o Ministério Público Estadual.
Levantando suspeitas sobre a idoneidade do trabalho policial, os promotores Ubiraci Rocha e Eliardo Cabral solicitaram que a investigação fosse conduzida pela Polícia Federal. O pedido foi aceito pelo Ministério da Justiça e deferido pela Justiça estadual.
A Polícia Federal iniciou ainda na semana passada o processo de recrutamento da equipe que vai atuar no caso. O núcleo do grupo que vai assumir o inquérito será formado por delegados, peritos e agentes que atuam fora do Piauí.
Fonte: Portal Az
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