A educação mundial sofre mudanças, e com relação ao cenário nacional deve sofrer mais. De acordo com pesquisa divulgada no final de 2012, o Brasil é o penúltimo no ranking de qualidade de educação mundial, o que prova que muito caminho ainda deve ser percorrido para que o processo de ensino brasileiro corresponda às expectativas de crescimento que o país pretende atingir.
De acordo com o último Índice de Desenvolvimento em Educação Básica (IDEB), considerado “insuficiente”, o Brasil foi visto como um país que tem necessidade de adotar novas medidas e o governo já discute algumas, entre elas, a reforma no ensino médico que propõe que o tempo dedicado às atividades escolares seja integral. Outra proposta em análise é a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio(ENEM) para o cálculo do IDEB, visto que este indicador ainda não é considerado como referência para estabelecer uma situação fixa na qualidade da educação básica do país, e a realização de uma Prova Nacional que selecione os professores ainda em 2013.
José Gayoso, coordenador de Relações Institucionais do Instituto Qualidade no Ensino (IQE), afirma que comparar o Brasil com outros países e copiar as medidas aplicadas nos países do continente norte-americano não é o ideal. Gayoso cita o exemplo da China, que contratou a empresa Brand Metric, especializada em monitoramento de redes sociais, que mostra que atualmente as redes sociais podem ser usadas para benefício, ou não, da educação de vários países.
Diante dos problemas enfrentados na educação brasileira alguns merecem ser alvos de políticas públicas e mudanças urgentes como a desvalorização dos profissionais da educação e os baixos salários que afastam os melhores profissionais da carreira, além da excessiva prática de terceirização e contratação temporária nas redes municipais e estaduais, que por falta de concurso público, não estão contemplados como deveriam.
O coordenador do IQE também cita que nos Estados Unidos membros das melhores universidades do país discutem mudanças no sistema de graduação e pós-graduação, o que mostra que modernizar o sistema educacional não deve ser uma preocupação só de países de terceiro mundo ou emergentes, mas um processo que deve acompanhar a mudança e rotina de diversos setores do mundo.
Por Amanda Dantas