Associação declara apoio e diz que Ubiraci Rocha não deve se retratar
A Associação Piauiense do Ministério Público (APMP), através do presidente Paulo Rubens Rebouças, declara apoio ao promotor Ubiraci Rocha na polêmica com a Polícia Civil. Segundo o gestor, o membro do MPE foi mal interpretado e não deve se retratar.
“A indignação do promotor Ubiraci Rocha é contra a falta de estrutura da instituição Polícia Civil. Ele foi mal entendido. Ele não citou o nome de ninguém em nenhum momento. O Dr. Ubiraci não tem que se retratar”, disse o presidente da APMP.
Durante entrevista ao Jornal do Piauí, o promotor que atua no caso Fernanda Lages declarou que a polícia civil é “imprestável” para sociedade do modo como está. A declaração gerou protestos de entidades da classe e um mal estar entre as partes.
“Ele [Ubiraci] está apenas cumprindo o papel dele. Como membro do Ministério Público ele tem que zelar pela aparelhagem da Polícia Civil. Somos acostumados no Piauí a produzir apenas provas testemunhas. Elas são fracas e caem sem muitos esforços. Temos que nos dedicar para produzir mais provas técnicas”, analisa Paulo Rubens Rebouças.
O presidente da Associação negou a existência de disputa entre o Ministério Público e a Polícia Civil. O gestor reafirma que as instituições trabalham com um objetivo comum: a elucidação do caso, respeitando as funções de cada órgão.
“O Estado tem o dever de dar para a sociedade uma resposta sobre a morte de Fernanda Lages. O promotor Ubiraci é experiente e o que ele quis foi alertar as autoridades sobre a situação que se vive na Polícia Civil. Ele quer que a instituição melhore”, disse.
Paulo Rubens Rebouças explicou ainda que se sabe das limitações técnicas da Civil e ressaltou o valor de profissionais que compõem a corporação.
Por Livio Galeno