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Assassinato de Janaína Bezerra completa um ano e mãe lamenta: “Vivo essa dor todos os dias”

O assassino foi condenado por homicídio qualificado, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver e fraude processual

Há exato 1 ano, a estudante de jornalismo Janaína Bezerra saia de sua casa onde morava com os pais e os cinco irmãos no Parque Brasil, zona Norte de Teresina e nunca mais retornaria.

No dia 28 de janeiro de 2023, a garota participava de uma calourada organizada por estudantes, onde em seguida foi violentada e morta dentro de uma sala da Universidade Federal do Piauí (UFPI). 

O corpo de Janaína foi encontrado por volta das 09h40 da manhã, seguranças do campus viram o estudante de mestrado em matemática, Thiago Mayson da Silva Barbosa, carregando a jovem desacordada nos braços. Ao ser questionado, o assassino respondeu que a vítima tinha apenas “bebido demais”.

O corpo da jovem foi encaminhado ao Hospital do bairro Primavera onde o óbito foi constatado. Os pais de Janaína, Maria do Socorro Silva e Adão Bezerra, só souberam do estado da filha após uma amiga ligar para o celular do pai e perguntar sobre a situação de Janaína. Só ao chegar no hospital que Adão descobriu que a filha estava, na verdade, morta.

Laudo cadavérico

A causa da morte da Janaína foi apontada como trauma raquimedular por ação contundente, ou seja, houve uma contusão na coluna vertebral ao nível cervical, o que causou lesão da medula espinhal e a morte. Ela ainda foi estuprada mesmo após morta, o assassino chegou a fazer fotos da vítima durante o estupro, enquanto ela estava sagrando.

 

Thiago foi condenado a 18 anos e 6 meses de prisão pela morte da estudante. O julgamento, presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, aconteceu no dia 29 de setembro após dois adiamentos. A defesa de Thiago foi feita pelo advogado Ércio Quaresma, conhecido por também participar da defesa do ex-goleiro Bruno. 

A sentença saiu às 5h da manhã do dia 30, o assassino foi condenado por homicídio qualificado, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver, fraude processual, a qualificadora de feminicídio foi rejeitada pelos jurados.

 

Em entrevista, Maria do Socorro, mãe de Janaína, descreve com muita dor como tem sido os dias desde a morte da filha. Emocionada ela descreve que não tem um dia em que Janaína não venha em sua memória, reviver a história causa nela além de revolta, muita tristeza.

 

“Tenho muita saudade da filha, eu continuo com muita tristeza, eu vivo essa dor todos os dias, todo dia é como se fosse tudo de novo, aquele mesmo sofrimento. Eu tô aqui continuando minha vida, trabalhando, mas sempre com saudade, e tristeza, mas é assim que é a vida”, disse.

Meio Norte

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