Delegados do Grupo de Repressão ao Crime Organizado – Greco – não têm dúvidas de que parte dos R$ 3 milhões que a quadrilha de assaltantes desmantelada no inicio do mês de novembro roubou da Granja União em Teresina foi utilizada para aquisição de imóveis em nomes de “laranjas” em cidades de forte atração turística, como Fortaleza e Recife.
Encarregado da condução das investigações a partir do planejamento para desmantelar a quadrilha o delegado Carlos Cesar Camelo de Carvalho admitiu que os assaltantes, encabeçados principalmente pelo que se chama Douglas, aplicaram o dinheiro na compra de pelo menos um apartamento.
Carlos Cesar não quis fornecer mais detalhes dessa ação dos bandidos para que os “laranjas” utilizados por eles não tomem providências que possam prejudicar a conclusão das investigações. Até agora, do montante levado, foram recuperados R$ 10 mil em dinheiro e pelo menos três bem valorizados, cuja aquisição muito provavelmente também foi feita com dinheiro do ataque à granja.
O delegado está fazendo todo o procedimento legal para transferir esse dinheiro e os carros para a Justiça, mostrando, se for o caso, que são fruto do assalto ao estabelecimento, criando condições para que esses valores sejam devolvidos para a empresa, amenizando assim o prejuízo que o grupo lhe causou.
O inquérito sobre a chamada “Operação União” já foi concluído pelo delegado Carlos Cesar, mas as investigações continuam. Cada vez mais fica claro que o principal suporte da quadrilha no Piauí era o soldado PM José Wellington, responsável por todas as sondagens que permitiam a realização dos assaltos.
Por Feitosa Costa
