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Artistas do Piauí cobram incentivo cultural de empresas multinacionais

dancarinos piRecentemente foram noticiadas as somas milionárias que artistas já consagrados como: Rita Lee, Claudia Leitte e Detonautas receberão através da captação de recursos provenientes da Lei Rouanet. Sobre a questão, artistas locais reclamam da falta de informação entre os empresários piauienses a respeito da possibilidade de beneficiar a cultura local. Muito se reclama também da falta de investimentos de multinacionais em atividades culturais do Estado.

César Crispim, integrante do grupo Escalet de Teatro, conhecido por encenar a Paixão de Cristo em Floriano, revela o que pode ser a maior distorção dos objetivos da Lei Rouanet: o foco comercial dos investimentos. “Uma empresa como a Coca-Cola vende milhões no Piauí e investe fortunas em publicidade. Quase nada vai para a cultura ou empresas daqui. Outras como a Bunge e Suzano, poderiam aplicar parte de seus impostos em nossas produções. Mas todas preferem aplicar nos grandes centros e em artistas consagrados, pois a visibilidade é maior”, afirma o ator e produtor.

 O presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Piauí – CRC-PI, Elias Caddah, afirma que reverter os impostos em incentivo cultural é uma forma de atrelar o nome da empresa de forma positiva, e ajudar no desenvolvimento cultural do nosso Estado.

“É uma combinação legal extremamente interessante onde todos ganham. Estamos abraçando esta causa por reconhecermos a riqueza e bons projetos culturais que temos no nosso estado, buscando informar o empresário o quanto podemos ajudar a desenvolver nossa cultura”, explica o presidente.

O ator ressalta que o apoio às produções locais poderia ser bem maior caso houvesse mais informação e compreensão por parte do empresariado do Piauí.

“É preciso que saibam que o percentual do imposto a pagar sendo revertido para uma produção local, além de incentivar a cultura, promove a própria empresa sem ela pagar mais por isso”, argumentou.

Por Mateus Noronha

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