Funai fará estudos em 2014 e pode reconhecer mais dois núcleos indígenas
Apesar de ter a presença do índio marcante em sua cultura, oficialmente, o Piauí possui apenas um aglomerado indígena Tabajara no município de Piripiri, cidade que já possui um posto da Fundação Nacional do Índio.
A Funai pretende realizar um levantamento no Piauí no ano que vem em vários municípios do Piauí para mapear e traçar o real perfil além dos rituais ainda praticados pelos índios no Estado.
Segundo Romeu Tavares, chefe da Coordenação Técnica Local da Funai de Piripiri, há ainda uma solicitação para o reconhecimento de dois outros grupos: um da etnia Cariri, em Queimada Nova; e outro dos Codó Cabeludo, em Pedro II, o que pode ocorrer em 2014.
“Participamos de uma reunião em Fortaleza e foi proposto um diagnóstico regional das comunidades e grupos indígenas ainda não atendidos pela Funai no Piauí. A proposta é, em articulação com a UFPI, Fundac, IBGE, Dnocs e Incra, mapearmos esses grupos indígenas”, declarou.
Entre as cidades a serem pesquisadas estão Campo Maior, Parnaíba, Pedro II, Jerumenha e Queimada Nova.
“Vamos nos basear nos dados do IBGE e nos trabalhos encaminhados pela UFPI”, informa Romeu.
Piauí
Segundo o cientista social e mestrando em antropologia Kleb Leite, que realizou uma pesquisa com os índios em Piripiri, ainda há um preconceito contra os indígenas, e isso dificulta que eles se apresentem como índios na sociedade.
“O Piauí é apresentado pela ausência do indígena, mas isso acontece porque historicamente houve a ausência de ajuda para estes povos que em muitos casos, acabaram se integrando à sociedade que ainda está carregada de preconceito e de imagem negativa”, pontua.