Ainda não foi encaminhado para a justiça o inquérito que investiga a responsabilidade do acidente envolvendo o estudante Lucas Pinto de Sousa Amâncio na morte do motoqueiro Raimundo Mesquita, no acidente ocorrido no dia 18 de julho. Raimundo foi atropelado pelo jovem que conduzia um Cerato em alta velocidade enquanto participava de um racha na avenida Alameda Parnaíba, zona Norte de Teresina.
Amanhã o acidente completa dois meses e a família espera por respostas neste caso. O advogado que representa a família de seu Raimundo, que era funcionário do Hemopi, negocia com a família do jovem uma indenização, já que a viúva do motoqueiro não tem como trabalhar para sustentar a filha do casal, de apenas 9 anos.
Segundo o delegado Sebastião Alves, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito, um novo prazo de dilação para a conclusão das investigações. “Ainda estamos ouvindo testemunhas e aguardando resultado de alguns laudos solicitados. Mas a polícia já tem a convicção de que o jovem estava alcoolizado e participando de um racha com amigos”, disse o delegado ao 180graus.
SOBRE O ACIDENTE
A tragédia que aconteceu na manhã do dia 18 de julho deixou Teresina comovida e ao mesmo tempo, revoltada. O rapaz estaria supostamente participando de um racha na avenida Alameda Parnaíba quando atropelou Raimundo, que seguia em uma “cinquentinha”. O homem foi arrastado por vários metros até que foi imprensado entre o veículo e um poste da rede de distribuição da Eletrobras, que veio abaixo com a colisão.
LEIS MAIS DURAS CONTRA ‘RACHAS’
Quem participar de “racha”; der arrancadas bruscas; fizer manobras perigosas ou ultrapassagens arriscadas no trânsito poderá enfrentar punições mais severas. Na semana de esforço concentrado do Senado, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) poderá aprovar, nesta quarta-feira (18), substitutivo do senador Vital do Rego (PMDB-PB) a projeto de lei da Câmara que aumenta em até dez vezes o valor da multa para alguns desses tipos de infração.
Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/1997) pune essa prática irresponsável na condução de veículos com multas que podem ser aumentadas, no máximo, em cinco vezes. Em caso de reincidência no prazo de um ano, a multa aplicada vai dobrar de valor, segundo estabelece a proposta.
O substitutivo manteve a exigência de realização de exame toxicológico para atestar se o motorista dirigia sob a influência de álcool ou de outra substância psicoativa. A “Lei Seca” (Lei nº 12.760/2012) oferece como meios de avaliação do condutor o teste de alcoolemia (bafômetro), exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal, ficando resguardado o direito a contraprova.
Agência Senado