A cidade de Corrente, localizada no extremo sul do Estado, foi escolhida para sediar a 11ª Romaria da Terra e da Água do Piauí. O evento que tem como tema: “Migração Forçada e Trabalho Escravo” e como lema: “Desci para libertar o meu povo” (Ex.3,8) será realizada nos dias 01 e 02 de agosto na referida cidade.
Hoje, o Piauí é um dos estados que mais exporta mão-de-obra barata e dentro destas estatísticas, a cidade de Corrente é considerada como porta de entrada e saída da migração forçada e do trabalho escravo.
Segundo Joana Lúcia (ao centro), integrante da coordenação estadual da Comissão Pastoral da Terra no Piauí (CPT-PI), entidade que integra a coordenação central da romaria, o evento religioso é o momento propício para alertar a sociedade em geral sobre o problema do Trabalho Escravo: “O objetivo é levar a temática do Trabalho Escravo e sensibilizar os piauienses sobre o problema e encontrar saídas” afirmou.
Ela afirma ainda que a escolha da cidade de Corrente para sediar a Romaria foi proposital: “A cidade é porta de entrada e saída para o trabalho escravo e é um problema pouco visto pelas autoridades locais. É preciso que se conheça a realidade dos trabalhadores e das trabalhadoras” enfatizou.
Para a 11ª Romaria da Terra e da Água do Piauí, são esperados mais de cinco mil pessoas dos Estados do Piauí, Maranhão, Ceará, Goiânia e São Paulo. O evento é uma realização da CNBB Regional Nordeste IV e conta com o apoio da Comissão Pastoral da Terra, Cáritas brasileira, Pastoral do Migrante e Diocese de Bom Jesus do Gurguéia e demais Dioceses.
Vale ressaltar que da cidade de Esperantina uma caravana de pessoas vão participar da Romaria, entre os participantes estão, padre Hernesto Pereira e o Vereador petista Luis Ana.